Alerta sobre risco de câncer em alimentos ultraprocessados poderá ser obrigatório — Rádio Senado
Saúde

Alerta sobre risco de câncer em alimentos ultraprocessados poderá ser obrigatório

O Senado poderá votar no segundo semestre o projeto de lei (PL 2722/2025) da senadora Dra. Eudócia (PL-AL) que exige a inclusão de alertas sobre o alto potencial cancerígeno de alimentos ultraprocessados. O texto estabelece que esses rótulos deverão ter o alerta de “alto potencial cancerígeno” na parte frontal da embalagem. Os órgãos de fiscalização, controle e regulamentação dos produtos alimentícios serão responsáveis por garantir o cumprimento da medida.

22/07/2025, 17h18 - atualizado em 22/07/2025, 17h23
Duração de áudio: 02:01
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Transcrição
O SENADO PODERÁ ANALISAR UM PROJETO QUE EXIGE ALERTAS SOBRE O RISCO DE CÂNCER EM ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS. A REPÓRTER LANA DIAS TEM MAIS INFORMAÇÕES. A senadora Dra. Eudócia, do PL de Alagoas, apresentou um projeto que obriga empresas de alimentos a incluir alertas sobre o alto risco cancerígeno de alimentos ultraprocessados. Pela proposta, esses rótulos deverão ter a expressão “alto potencial cancerígeno” na parte frontal da embalagem. Dra. Eudócia esclarece que os alimentos ultraprocessados geralmente contêm ingredientes não utilizados na culinária caseira, com a função de deixar o produto final mais saboroso. Entre as substâncias comuns, estão diferentes tipos de açúcares, como frutose, xarope de milho e açúcar invertido, além de óleos modificados e fontes de proteína industrializadas. A senadora, que é médica, afirma que os ultraprocessados apresentam outros riscos além do câncer.   Temos que levar conhecimento para as pessoas se cuidarem cada vez mais. Consumido em excesso, esses alimentos causam obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Cuidar da saúde é o maior ato de amor que pode ser feito. A nutricionista Luciana Batella explica que o alerta no rótulo pode mudar o consumo se for acompanhado por outras medidas.    A verdade é que as pessoas não comem ultraprocessado só porque querem, elas comem porque estão cansadas. Com pouco tempo, desinformadas e muitas vezes sem o acesso às opções melhores. Por isso, rotular é um passo importante, mas a mudança de verdade precisa vir com a educação alimentar e políticas de incentivo aos alimentos de verdade.   O projeto ainda diz que os órgãos de fiscalização, controle e regulamentação dos produtos alimentícios deverão garantir o cumprimento da medida. As empresas que desrespeitarem a iniciativa poderão ser multadas. Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Lana Dias.

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