Exposição no Senado reúne sustentabilidade e questões de gênero
O Espaço Cultural Ivandro Cunha Lima, no Senado Federal, recebe a exposição da artista plástica Tainá Guedes. A mostra "Trabalho Invisível" é uma reflexão sobre o trabalho pouco reconhecido, desempenhado principalmente por mulheres: as tarefas domésticas, o cuidado com a família e as práticas sustentáveis. A exposição reúne obras de arte feitas de lixo reciclável e objetos do dia a dia, uma marca registrada da artista, para falar sobre trabalho doméstico, sustentabilidade e cuidado.

Transcrição
SENADO RECEBE EXPOSIÇÃO SOBRE O TRABALHO DE CUIDAR REALIZADO POR MULHERES. A MOSTRA TRABALHO INVISÍVEL ESTARÁ ABERTA AO PÚBLICO ATÉ O DIA 8 DE MAIO. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI.
O Espaço Cultural Ivandro Cunha Lima, no Senado Federal, recebe mais uma exposição. Da artista plástica Tainá Guedes, a mostra Trabalho Invisível traz refleção sobre o trabalho pouco reconhecido, desempenhado principalmente por mulheres: as tarefas domésticas, o cuidado com a família e as práticas sustentáveis.
A exposição reúne obras de arte feitas de lixo reciclável e objetos do dia a dia, uma marca registrada da artista, para falar sobre trabalho do lar, sustentabilidade e meio ambiente.
Segundo Tainá, todas essas temáticas passam também pela alimentação. Para ela, falar sobre alimentos é abordar gênero, desigualdade e mudanças climáticas.
Eu comecei essa minha pesquisa de unir alimentação, arte e sustentabilidade há muitos anos. Para se falar de sustentabilidade, a gente precisa falar da questão de gênero, a gente precisa falar do meio ambiente. O feminismo, o humanismo começa a partir do momento que a gente tem acesso à educação, que as mulheres têm acesso à educação e aí o acesso à consciência. Essa é a minha motivação e a minha inspiração.
A mostra também traz obras de personalidades marcantes como a da cantora Vanessa da Mata e da apresentadora Bela Gil.
Com o apoio da senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, intergrante do Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a exposição chega a Brasília após um período no México. Para a senadora, o Brasil precisa ter uma política de cuidados e regulamentar a profissão de cuidador.
Sou um bom exemplo para falar de trabalhos invisíveis, porque se não fossem as minhas cuidadoras, eu não estaria aqui. Eu não tenho movimento do pescoço para baixo, então eu não sairia da cama. Então assim, as mulheres são as mulheres que alimentam, as mulheres que fazem a conta da despesa da casa. É muito importante a gente valorizar esse trabalho feminino. Até o trabalho da dona de casa, o trabalho da cuidadora, o trabalho de artistas de artesãos
A mostra está aberta ao público até o dia 8 de maio no Senado Federal. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti.