Grupo Parlamentar de Cooperação Amazônica retoma trabalhos no Congresso

Transcrição
O GRUPO PARLAMENTAR DE COOPERAÇÃO AMAZÔNICA RETOMOU OS TRABALHOS NESTA SEMANA, COM UM EVENTO NO SALÃO NOBRE DO CONGRESSO. O TRABALHO DO GRUPO É ARTICULADO COM AS ATIVIDADES DO PARLAMENTO AMAZÔNICO, O PARLAMAZ. A REPORTAGEM É DE CESAR MENDES: O Grupo Parlamentar de Cooperação Amazônica é um fórum de discussões sobre a conservação florestal, as atividades sustentáveis e a cooperação na região. Presidido pelo senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, atua também no apoio das atividades do Parlamento Amazônico, Parlamaz, criado em 1989 por representantes do Brasil e mais sete países situados na Amazônia. O encontro, no Salão Nobre do Congresso, reuniu parlamentares, embaixadores, representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA). Nelsinho Trad, que também preside o Parlamaz, disse que o evento é a primeira atividade de interlocução entre o Congresso e a OTCA este ano. E lembrou que na cúpula da Amazônia, no ano passado, em Belém, todos os países membros do Parlamaz assinaram um compromisso pela institucionalização do Parlamento Amazônico, já que o colegiado ainda aguarda o seu reconhecimento formal pela diplomacia internacional: (senador Nelsinho Trad) "Foi aberto um espaço de negociação para que o nosso parlamento amazônico possa ser vinculado ao tratado de cooperação amazônica. Nossa proposta é que o Parlamaz seja instrumento facilitador de decisões nos sistemas jurídicos internos dos nossos países. Queremos ser colegiado de discussão sobre as questões que são relevantes para os países que detêm o território amazônico.'' O senador Zequinha Marinho, do Podemos paraense, lembrou que no próximo ano o Brasil vai sediar a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas - COP 30, na cidade de Belém, no Pará; e disse que os países amazônicos precisam atuar unidos durante as negociações da Conferência: (senador Zequinha Marinho) ''Tenho certeza que assim como o Brasil, os países aqui da região Amazônica têm vantagens comparativas importantes que precisam ser colocadas pro resto do mundo. O Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda tem 66% do seu território coberto com vegetação original. O Brasil também é um dos poucos ou o único do mundo que detém aí em torno de 30% de reservas ambientais públicas.'' A próxima assembléia do Parlamaz será em Lima, no Peru, nos dias 4 e 5 de junho deste ano. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.