Políticas de prevenção e acompanhamento de paciente reforçam o controle da doença — Rádio Senado
Dia Mundial do Câncer

Políticas de prevenção e acompanhamento de paciente reforçam o controle da doença

4 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer, doença que mata todos os anos 7,6 milhões de pessoas no mundo. O Congresso aprovou, em 2023, o projeto que deu origem à lei que criou a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do SUS e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer (Lei 14.758/2023). As novidades na legislação são resultado do trabalho de uma Comissão Especial criada em 2021 pela Câmara para acompanhar as ações de combate ao câncer.

02/02/2024, 18h17 - ATUALIZADO EM 02/02/2024, 18h18
Duração de áudio: 02:53
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Transcrição
DIA 4 DE FEVEREIRO É O DIA MUNDIAL DO CÂNCER. TEMPO DE CONSCIENTIZAR AS PESSOAS PARA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DOENÇA. NO ANO PASSADO, O BRASIL GANHOU DUAS NOVAS POLÍTICAS SOBRE O TEMA: UMA VOLTADA PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE E A OUTRA, PARA A NAVEGAÇÃO DA PESSOA COM DIAGNÓSTICO. REPÓRTER CESAR MENDES. Em 2023, o Congresso aprovou o projeto que deu origem à lei que criou duas novas ações públicas: a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer. A "navegação" consiste na busca ativa e no acompanhamento individual dos processos de diagnóstico e tratamento; o que exige uma integração entre atenção básica, atendimento domiciliar, medicina especializada e de toda a rede de apoio ao paciente do Sistema Único de Saúde. Na Política de Prevenção e Controle, a nova lei determina que novos tratamentos e medicamentos contra o câncer terão prioridade de análise para incorporação ao SUS e deverão estar disponíveis em até 180 dias após a sua incorporação. As novidades na legislação são resultado do trabalho de uma comissão especial criada em 2021 pela Câmara dos Deputados para acompanhar as ações de combate ao câncer no Brasil. Relator da proposta no Senado, Dr Hiran, do PP de Roraima, que também é médico, aponta aspectos importantes da luta contra a doença contemplados pela nova lei. Hiran - '' O câncer é uma doença multifatorial e é fundamental combatê-la de todas as maneiras possíveis - prevenção, promoção da saúde, rastreamento, diagnóstico e tratamento - com o intuito de evitar as mortes e assegurar a vida em sua plenitude. Quando isso não é possível, a oferta de suporte para amenizar o sofrimento gerado pela doença é crucial, seja para os pacientes seja para os seus familiares.'' Para o senador Rodrigo Cunha, do Podemos de Alagoas, o caminho para cura do câncer passa, necessariamente, pelo diagnóstico precoce. Cunha - ''Quando eu ouço que há uma estimativa de que, no próximo ano, se tenha 700 mil pessoas com câncer, aí eu pergunto: qual é a estimativa de quantas mil pessoas terão curas? Como é que se consegue isso? Pelo menos, como é que se faz com que mais pessoas tenham chance de cura no câncer. O câncer já foi uma sentença de morte. Hoje não é uma sentença de morte. O câncer tem cura. E, para que se tenha uma solução rápida, tem que se ter um diagnóstico precoce.'' Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos do corpo humano, causando a formação de tumores. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer não tem uma única causa e pode estar associado a fatores genéticos e a causas externas, como os hábitos pessoais, o estilo de vida e as mudanças no meio ambiente provocadas pelo próprio ser humano. O Instituto Nacional do Câncer registra a incidência de 725 mil novos casos da doença todos os anos no Brasil, sendo que os mais comuns são os cânceres de pele, de mama, de próstata, colo-retal e de pulmão. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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