Jornalista Lorenzo Carrasco defende movimento no Brasil que impeça a atuação das ONGs na região da Amazônia — Rádio Senado
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Jornalista Lorenzo Carrasco defende movimento no Brasil que impeça a atuação das ONGs na região da Amazônia

A CPI das ONGs recebeu o jornalista mexicano Lorenzo Carrasco, autor de livros sobre a Amazônia, entre eles, a obra Máfia verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial. A participação de Lorenzo na CPI atende a um pedido do relator, senador Marcio Bittar (União-AC), que reconheceu o poder que as ONGs possuem e as suas estratégias de controle dos recursos naturais. Lorenzo Carrasco defendeu um movimento de indignação no Brasil que pare a atuação das ONGs.

08/08/2023, 18h08 - ATUALIZADO EM 08/08/2023, 18h26
Duração de áudio: 03:39
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A CPI DAS ONGS RECEBEU O JORNALISTA MEXICANO LORENZO CARRASCO, AUTOR DE LIVROS SOBRE A AMAZÔNIA. ELE DEFENDEU UM MOVIMENTO NO BRASIL QUE IMPEÇA A ATUAÇÃO DAS ONGS NA REGIÃO DA AMAZÔNIA. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. A CPI das ONGs, que investiga atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia, ouviu o jornalista mexicano Lorenzo Carrasco, autor de livros sobre a Amazônia, entre eles, a obra Máfia verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial. A participação de Lorenzo na CPI atende a um pedido do relator, senador Marcio Bittar, do União do Acre. Na avaliação do parlamentar, o livro Máfia verde relata com minúcias a forma de atuação das ONGs e Oscips e como essas organizações atuam nos países promovendo uma agenda de atores externos que são contrárias ao interesse da nação. Marcio Bittar afirmou que à medida em que a CPI ouve os depoimentos fica mais evidente o poder que as ONGs possuem e as suas estratégias de controle dos recursos naturais. Cada vez fica mais claro para os membros dessa CPI, para aqueles que assistem, como na verdade criaram uma estratégia em torno da questão ambiental para controlar os recursos naturais do mundo criando assim um poder mundial. O jornalista mexicano Lorenzo Carrasco disse que as ONGs são braços de um aparato internacional que nao tem sucesso de controle no Brasil e que essas organizações formam uma espécie de ‘poder invisível’ e o discurso de preservar o meio ambiente resulta no empobrecimento do povo. Lorenzo apresentou ainda dados sobre o que ele chamou de “áreas de exclusão econômica do Brasil” em relação aos Estados Unidos. Enquanto no Brasil 66,3% de área é destinada à vegetação protegida e preservada, os EUA possui apenas 19,9% com essa destinação. Na avaliação de Lorenzo, o fato representa o cinismo por parte do país norte–americano. Ele apresentou ainda que o indigenismo-ambientalismo é um ataque à identidade cultural do Brasil, ameaça a integridade territorial e viola os direitos inalienáveis das populações indígenas. Lorenzo Carrasco defende um movimento de indignação no Brasil que pare a atuação das ONGs. O Brasil não pode ficar simplesmente contemplando este poder colonial sem ter nenhuma resposta de indignação e não és apenas com um decreto, um projeto, etc. Isto tinha que ser um movimento de indignação nacional que eu creio que está criando, com os testemunhos dos indígenas aqui. Tem que criar um corpo de indignação para que haja um câmbio nesta loucura pela qual venho dedicando mais da metade da minha vida para acompanhar. Os senadores aprovaram na reunião dois requerimentos. Um deles convida o cacique Kleber Jorge Silva Soares, da etnia Aparaí, do Alto do Rio Maincurú, no Estado do Pará, e o outro convida Cimar Azeredo Pereira, Diretor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, para prestar informações sobre o recenseamento indígena de 2023. O presidente da CPI, senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, protestou contra o recebimento de mais de 600 páginas com informações prestadas pelo Ministério de Relações Exteriores na língua inglesa. O senador exigiu respeito e disse que vai devolver o documento, que deverá ser entregue em português. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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