Pacheco defende autonomia do Banco Central e queda da taxa básica de juros — Rádio Senado
Economia

Pacheco defende autonomia do Banco Central e queda da taxa básica de juros

Em evento da Folha de São Paulo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, considerou um avanço a lei que garantiu a autonomia do Banco Central. Segundo ele, isso há dois anos impede ingerência política em decisões técnicas. Mas cobrou da autoridade monetária a redução dos juros. Rodrigo Pacheco também confirmou votação rápida do novo regime fiscal, que ainda está na Câmara dos Deputados, e defendeu a aprovação neste ano da Reforma Tributária.

22/05/2023, 14h16 - ATUALIZADO EM 22/05/2023, 14h21
Duração de áudio: 02:19
Pedro Gontijo/Senado Federal

Transcrição
APESAR DE DEFENDER A AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL, PRESIDENTE DO SENADO AVALIA QUE O BC JÁ PODE REDUZIR OS JUROS. RODRIGO PACHECO TAMBÉM CONFIRMOU QUE OS SENADORES VÃO VOTAR COM RAPIDEZ O NOVO REGIME FISCAL AINDA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Em um seminário do Jornal a Folha de São Paulo sobre os dois anos de vigência da lei que garantiu a autonomia do Banco Central, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que a desvinculação do BC do Ministério da Fazenda é um avanço.  Ele afirmou que essa legislação tem o objetivo de blindar o Banco Central de interferências políticas. Rodrigo Pacheco lembrou que a autonomia da Anvisa resultou na liberação de vacinas contra a covid num governo contrário à imunização na época da pandemia. Rodrigo Pacheco avalia, no entanto, que o Banco Central não pode condicionar a redução dos juros, hoje em 13,75% , à aprovação de reformas ao afirmar que o País tem estabilidade econômica e democrática, além de um Congresso Nacional disposto a votar as medidas necessárias, a exemplo do novo regime fiscal. Eu considero a autonomia do Banco Central uma conquista importante em que a autonomia e prevalência da técnica são algo importante para se evitar interferências políticas, por vezes, indesejadas. Mas isso não significa um poder absoluto. O Banco Central tem compromisso com a solidez do sistema financeiro, com a estabilidade da nossa moeda, mas tem também com o bem-estar da população, com o pleno emprego, de modo que é compromisso do Banco Central compreender o momento que estamos vivendo e a necessidade da redução gradativa da taxa básica de juros. Rodrigo Pacheco antecipou que uma vez aprovadas pela Câmara dos Deputados as novas regras que limitam o aumento dos gastos públicos, o novo regime fiscal, serão votadas imediatamente pelo Senado. Eu quero afirmar aqui a minha plena confiança na Câmara dos Deputados pelo bom trabalho que deverá realizar. Eu não tenho dúvidas que será aprovado na Câmara, será aprovado no Senado e em breve, nós vamos ter um novo regime fiscal do Brasil, sustentável, que permitirá o aumento do crescimento da arrecadação e que permitirá que a despesa seja sustentável e útil para o Brasil voltar a crescer, para poder enfrentar os problemas sociais. O novo regime fiscal deverá ser votado pela Câmara nesta quarta-feira. O presidente do Senado reforçou ainda que a Reforma Tributária também deverá ser aprovada neste ano.  Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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