Senado aprova criação do Dia Nacional da Saúde Única

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O SENADO APROVOU A CRIAÇÃO DO DIA NACIONAL DA SAÚDE ÚNICA, A SER COMEMORADO EM TRÊS DE NOVEMBRO. O CONCEITO, QUE RECONHECE A CONEXÃO ENTRE A SAÚDE HUMANA, A ANIMAL E A AMBIENTAL, VEM CRESCENDO APÓS O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19 PARA PREVENIR FUTURAS AMEAÇAS. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, de forma terminativa, o projeto que cria o Dia Nacional da Saúde Única. Esse conceito, conhecido em inglês como One Health, vem ganhando espaço no cenário internacional principalmente após a ocorrência da epidemia global da Covid-19. Isso porque adota uma abordagem multidisciplinar que abrange diferentes áreas da ciência para solucionar os problemas mais relevantes da atualidade, integrando a saúde humana, a animal e a ambiental. Autor da proposta, o senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, acredita que e a colaboração entre diversas disciplinas pode ajudar a humanidade em ameaças futuras, como novas pandemias. Saúde única, essa interação necessária entre a saúde humana, animal, vegetal e a interconexão que deve acontecer entre essas áreas e temos exemplos recentes de como isso é importante. O relator da proposta, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que pelo menos 75% das doenças infecciosas emergentes dos ser human têm origem animal, incluindo Ebola, HIV e gripe. Após a proposição ser apresentada, passamos a enfrentar no país, já no presente ano, um surto da varíola dos macacos, que é mais uma doença que tem origem em um vírus proveniente de animais, como também o é, provavelmente, a própria covid-19. Oriundas de animais domésticos, de criação ou selvagens, as doenças zoonóticas representam cerca de 75% das doenças emergentes em seres humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cinco novas doenças humanas aparecem todos anos e 3 delas são de origem animal. A senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, reforçou que essa conexão entre humanos e animais e o ambiente que compartilhamos é amplamente difundida entre os povos originários. Quando a gente defende a vida, a gente tem que defender não só a vida humana, mas as outras formas de vida, porque elas se entrelaçam mesmo, gente. Por mais que antigamente não se tivesse essa visão... Claro, os povos originários, os índios já conheciam isso de bem perto. Mas, por mais que a gente não queira ver, agora está visível que temos que preservar todas as formas de vida, até porque a humana só não sobrevive sem as outras. O Dia Nacional da Saúde Única será celebrado em 3 de novembro. O objetivo é ampliar o diálogo com profissionais de diversas áreas, como medicina humana e veterinária, além de agrônomos, engenheiros e pesquisadores. A proposta segue para análise da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Marcella Cunha