Presidente do Senado repudia atentado contra Cristina Kirchner — Rádio Senado
Internacional

Presidente do Senado repudia atentado contra Cristina Kirchner

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, condenou o atentado à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. A pistola do brasileiro Fernando Montiel falhou na hora do disparo contra o rosto dela. Pacheco descreveu a cena como chocante e declarou que a violência política é um atentado contra a democracia. A senadora Nilda Gondim (MDB-PB) alertou o aumento de número de armas nas mãos da população num cenário polarizado das eleições.

02/09/2022, 13h18 - ATUALIZADO EM 03/09/2022, 12h04
Duração de áudio: 02:25
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
PRESIDENTE DO SENADO REPUDIA ATAQUE À VICE-PRESIDENTE DA ARGENTINA PRATICADO POR UM BRASILEIRO. A PISTOLA FALHOU NO DISPARO. SENADORA ALERTOU QUE A LIBERAÇÃO DE ARMAS NO BRASIL PODE AGRAVAR OS CASOS DE VIOLÊNCIA POLÍTICA NO PAÍS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, descreveu como “chocante” a imagem da tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Na noite dessa última quinta-feira, em Buenos Aires, o brasileiro Fernando Montiel apontou uma pistola para o rosto da política, mas o disparo falhou. Filho de uma mãe argentina e de um pai chileno, o atirador, que acabou preso, nasceu em São Paulo, mas foi expulso do Brasil no ano passado.Ao prestar solidariedade a Cristina Kirchner, aos seus familiares e ao povo argentino e ao repudiar o ataque, Pacheco declarou que “a violênci a na política é um atentado à integridade, à vida das pessoas e à democracia”. Ele voltou a defender a pacificação na política apesar da divergência de opiniões. Independentemente de divergências ideológicas, independentemente de críticas que possam ser feitas, trata-se de uma mulher vitoriosa na política, com o reconhecimento do seu país e do seu povo, e que, naturalmente, assim como todo ser humano, não merece sofrer um atentado dessa natureza. Portanto, o que nós vimos ontem neste atentado, além de uma violência a uma mulher, a uma mulher idosa, foi também, além da violência humana, uma violência política muito significativa, e nós devemos repudiar. A senadora Nilda Gondim, do MDB da Paraíba, também prestou solidariedade a Cristina Kirchner. E lamentou que a violência política no Brasil tem o agravante do aumento do número de armas nas mãos da população. A violência e a impunidade imperam no Brasil. Um brasileiro foi causar um ato de violência tão grande contra a presidente Cristina Kirscher. E essa violência está se dando em todo o Brasil. E isso é uma consequência. É o resultado da propagação de que os brasileiros precisam portar armas. Esse é o resultado que o Presidente Bolsonaro vive a propagar, a divulgar. Lamentavelmente o Brasil está se tornando um país violento. Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral proibiu o eleitor de entrar com arma nos locais de votação. Nas 48 horas anteriores e 24 horas posteriores aos dias das eleições, o porte estará vetado a uma distância de 100 metros desses locais. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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