Senado homenageia e relembra vítimas do holocausto. — Rádio Senado
Sessão especial

Senado homenageia e relembra vítimas do holocausto.

O Senado relembrou as vítimas e os sobreviventes do holocausto em Sessão Especial de debates. A homenagem acontece dois dias depois de um apresentador de podcast defender o reconhecimento legal do partido nazista. O discurso antissemita do influenciador digital foi duramente repudiado pelos senadores nas redes sociais.

10/02/2022, 13h02 - ATUALIZADO EM 10/02/2022, 13h02
Duração de áudio: 02:58
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
SENADO RELEMBRA VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO EM SESSÃO ESPECIAL DE DEBATES. A HOMENAGEM ACONTECE DOIS DIAS DEPOIS DE O INFLUENCIADOR DIGITAL MONARK DEFENDER O RECONHECIMENTO LEGAL DO PARTIDO NAZISTA EM EPISÓDIO DE PODCAST. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. O holocausto foi a perseguição e o assassinato em massa de cerca de 6 milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão, seus aliados e colaboradores, entre 1933 e 1945. Durante a Segunda Guerra Mundial, a imposição de condições de vida letais, maus-tratos, fuzilamentos, o uso de câmaras de gás e campos de extermínio mataram quase dois terços da população judaica no continente europeu. A cerimônia do Dia da Lembrança, ou Yom HaShoá, acontece anualmente para homenagear as vítimas e os sobreviventes do genocídio, como explicou o senador Jaques Wagner, do PT da Bahia. O nosso desafio é impedir que tudo isso caia no esquecimento. Recordar é impedir que o mal se repita, ainda que tente retornar com disfarces mais contemporâneos. Para o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, ainda hoje o antissemitismo deve ser preocupação dos líderes mundiais, para impedir qualquer tipo de racismo. A lição que podemos e devemos tirar disso é ter zero tolerância a esse tipo de situação. Zero tolerância para racismo, discurso de ódio, antissemitismo. Nossa guerra é levantar nossa voz contra a legitimação desse tipo de ideia. O senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, destacou que é preciso ensinar as gerações mais novas sobre o respeito e a valorização do ser humano. Faz obrigatoriamente a gente refletir e principalmente as gerações mais novas conhecerem e tomarem posição a favor da cidadania, de direitos humanos, de respeito ao ser humano. Ao citar o surgimento de grupos extremistas, a senadora Leila Barros, do Cidadania do Distrito Federal, afirmou que a liberdade de expressão não pode afrontar outras liberdades e garantias individuais. Apesar desse capitulo da humanidade estar fartamente documentado em vídeos da época, livros, filmes, veículos de comunicação e na internet, o mundo tem assistido ao crescimento de casos de apologia ao nazismo. A liberdade de expressão não pode servir como anteparo para a propagação de discursos de ódio. No início desta semana, em um episódio de podcast, o influenciador digital Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu a criação do partido nazista no Brasil. As declarações do apresentador foram fortemente repudiadas pelos senadores, que se posicionaram publicamente contrários à propagação de discursos de ódio e da liberdade de expressão sem limites. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

Ao vivo
00:0000:00