Cuidados com a boca influenciam na saúde de outros órgãos do corpo

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PROBLEMAS DE SAÚDE NA BOCA PODEM GERAR OUTRAS DOENÇAS COMO DERRAME E INFARTO. INFECÇÕES BUCAIS TAMBÉM PODEM AGRAVAR A DIABETES E CAUSAR ABORTO.  A REPORTAGEM É DE REGINA PINHEIRO Mais do que garantir um sorriso bonito, visitas periódicas ao dentista podem evitar o desenvolvimento de outras doenças. O dentista especialista em Ortodontia, Estética do Sorriso e Halitose, Bruno Franco Franzão relata que existem várias doenças que podem ser agravadas ou até geradas por complicações existentes na boca, como a má higienização:   A gente pode citar as doenças cardiovasculares. Uma inflamação aguda   na gengiva ela pode diminuir a circulação sanguínea nos vasos que estão interligados da boca para o coração e com isso, há um aumento das chances de doenças coronárias e o risco de derrame e até mesmo a questão do infarto. Sem falar  também que bactérias da boca podem se alojar no tecido existente no coração, que é o endocárdio. Então, pode existir a endocardite bacteriana provenientes de bactérias presentes na boca, gerada por uma má higienização, cárie, doença periodontal O dentista enfatiza que doenças como a diabetes também podem ser agravadas: Quando você tem uma infecção bucal, uma gengivite, isso pode gerar um aumento no açúcar no sangue, gerar um aumento da glicemia do paciente que já é diabético. Aí, ele já tem que ter a diabetes. E isso vai dificultar o controle da diabetes, porque vai exigir mais insulina. E também, infecções bucais podem gerar o aborto, porque bactérias presentes na gengivite elas caem na corrente sanguínea, elas podem se instalar no útero e na placenta, gerando estímulos de contração uterina provocando parto prematuro ou o aborto espontâneo. Bruno Franzão enumera os sinais de que algo não está indo bem com a saúde bucal: Sangramento espontâneo da gengiva, ou o simples fato de você usar o fio dental e estar tendo o sangramento. Feridas frequentes, aftas com bastante frequência, lesões na boca, sensibilidade exacerbada dos dentes, alteração no gosto dos alimentos, alteração do hálito. Bruno Franzão afirma que observando esses sintomas, o paciente deve procurar um profissional para fazer uma avaliação. Conforme com o dentista, a frequência ideal para visitas ao consultório varia de acordo com o paciente, sendo em média de seis em seis meses. Pessoas com higienização adequada da boca e sem comorbidades podem ter indicação de visita anual, mas alguns pacientes necessitam de uma visita a cada quatro meses.  Bruno lembra da importância dos cuidados diários para a manutenção da saúde bucal, com o uso correto do fio dental e escovação adequada dos dentes, de duas a três vezes ao dia. Enxaguantes bucais devem ser utilizados sem exageros, de duas a três vezes por semana, para não causar um desequilíbrio da flora bacteriana da boca.  Da Rádio Senado, Regina Pinheiro