Infectologista afirma que Ministério da Saúde tem dificuldade para compor equipes e atrair “cérebros” — Rádio Senado
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Infectologista afirma que Ministério da Saúde tem dificuldade para compor equipes e atrair “cérebros”

A médica infectologista Luana Araújo começou sua participação na CPI da Pandemia nesta quarta-feira (2) ressaltando sua formação técnica e chamando a atenção para as mais de 460 mil mortes pela covid-19 no Brasil. Luana Araújo afirmou que, atualmente, o Ministério da Saúde tem tido dificuldade para formar equipes. “Eu abri mão de muitas coisas para ajudar o meu país. E estou aqui agora. Os senhores acham que as pessoas de fato que tem interesse de ajudar o país e tem competência neste momento se sentem muito compelidas a aceitar esse desafio?”

02/06/2021, 11h09 - ATUALIZADO EM 02/06/2021, 11h09
Duração de áudio: 02:23
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A MÉDICA LUANA ARAÚJO, QUE FOI INDICADA PELO MINISTRO MARCELO QUEIROGA PARA SER SECRETÁRIA DE ENFRENTAMENTO À COVID DO MINISTÉRIO DA SAÚDE MAS DEZ DIAS DEPOIS FOI DESPENSADA, AFIRMOU QUE O MINISTÉRIO TEM DIFICULDADE NA ATRAÇÃO DE PESSOAS ESPECIALIZADAS PARA TRABALHAR NA ÁREA. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) Em sua apresentação inicial na CPI da Pandemia, a médica Luana Araújo, indicada para a secretaria de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde mas que pediu dispensa 10 dias depois, destacou sua formação: (Luana Araújo) Aliás, mais de 320 dias, esse seria o tempo que teríamos que ficar quietos para respeitar um minuto de silêncio para cada uma das mais de 460 mil mortes pelo Covid-19 no Brasil. Eu não sou um ser da política, eu sou médica, infectologista, epidemiologista, técnica, leal aos meus pacientes e guiada pelo juramento médico que eu fiz. Sou formada pela UFRJ com residência em infectologia também pela UFRJ. Sou filha de minerva. Fui a primeira brasileira em um programa de mestrado com mais de 100 anos bolsa de estudos da mais importante, maior, mais antiga, e mais bem rankeada escola de saúde pública, John Hopkins, que vocês devem ter ouvido falado bastante durante a pandemia. (Repórter) Ao responder ao relator da CPI, Renan Calheiros e ao presidente, Omar Aziz, Luana afirmou que há dificuldade de formação de equipes no ministério: (Luana Araújo) Isso é muito importante que seja dito, nós temos cérebros incríveis dentro desse país. Eu abri mão de muitas coisas para ajudar o meu país. E estou aqui agora. Os senhores acham que as pessoas de fato que tem interesse de ajudar o país e tem competência neste momento se sentem muito compelidas a aceitar esse desafio? (Repórter) Luana afirmou que começou a debater com Queiroga um novo programa de testagem e espera que ele possa ser efetivo a partir de agora. A médica, que é contra o tratamento precoce com uso de remédios como cloroquina e Ivermectina ainda citou ameaças sofridas por ela e por outros infectologistas durante a pandemia.

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