Brigadistas do Ibama voltam a atuar no Pantanal e na Amazônia
Os brigadistas de incêndios florestais do Ibama voltaram a atuar nesta segunda-feira (26) no combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia. O governo federal havia determinado a interrupção do combate ao fogo por indisponibilidade financeira em outubro. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da comissão temporária do Pantanal, disse que foi pego de surpresa com a decisão e que faltou diálogo. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: O IBAMA RETORNOU NESTA SEGUNDA-FEIRA AO COMBATE DE INCÊNDIOS NO PANTANAL E NA AMAZÔNIA APÓS GOVERNO SUSPENDER A RETIRADA DOS BRIGADISTAS ALEGANDO FALTA DE RECURSOS.
LOC: SENADORES CRITICARAM A DECISÃO DE INTERROMPER O ENFRENTAMENTO AO FOGO MESMO COM INCÊNDIOS AINDA ATIVOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
(Repórter) O Governo recuou na decisão de interromper as atividades de agentes de combate a incêndios do Ibama, que tiveram que voltar às suas bases de origem por indisponibilidade financeira em outubro. A ordem incluía brigadistas atuando no Pantanal e na Amazônia, que enfrentam recorde de queimadas. Segundo o Ibama, o Instituto está com R$ 19 milhões em pagamentos atrasados, afetando diretorias como a de Prevenção ao Fogo. Para o presidente da comissão temporária que analisa as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal, senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, faltaram planejamento e diálogo na retirada dos brigadistas antes mesmo do fim dos incêndios.
(Wellington) Pego de surpresa com essa tomada de decisão abrupta do Governo de retirar os brigadistas. Sem planejamento e sem conversa com aqueles que estavam envolvidos, tanto a comunidade científica como a classe política. Pendo que foi uma tomada de decisão precipitada e agora anuncia a volta o que é o que a gente espera mesmo.
(Repórter) A comissão do Pantanal fará uma audiência pública com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para discutir a situação após os incêndios. Já o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, classificou a desmobilização dos agentes como irresponsável.
(Fabiano) A Governo Federal tem promovido um verdadeiro desmonte das políticas de proteção ambiental, tendo como consequência sucateamento, esvaziamento dos órgãos de proteção e fiscalização. O que está acontecendo com o Ibama é inaceitável. O governo cortou o repasse de verbas destinada a proteção ambiental. O Brasil está queimando seus recursos naturais.
(Repórter) O Governo Federal liberou R$ 16 milhões para que o Ministério do Meio Ambiente regularize as contas do Ibama e do ICMBio.