Brasil libera R$ 2,5 bilhões para aderir à aliança contra covid-19
O Congresso Nacional vai analisar duas Medidas Provisórias que regulam a entrada do Brasil na aliança internacional de pesquisa e distribuição da vacina contra o novo coronavírus (Covax Facility), coordenada pela Organização Mundial de Saúde. Para participar do consórcio, que já soma nove vacinas em desenvolvimento no catálogo, o Brasil desembolsou R$ 2,5 bilhões. O objetivo é imunizar 60% da população mundial a partir do subsídio de países membros para países mais pobres. A reportagem é de Marcella Cunha
Transcrição
LOC: O BRASIL ENTROU NO CONSÓRCIO DE VACINAS DA OMS QUE BUSCA ACELERAR A PRODUÇÃO E A DISTRIBUIÇÃO DE IMUNIZANTES CONTRA O CORONAVÍRUS.
LOC: O GOVERNO EDITOU DUAS MEDIDAS PROVÍSÓRIAS PARA GARANTIR O ACESSO BRASILEIRO À INICIATIVA INTERNACIONAL, QUE JÁ CONTA COM NOVE OPÇÕES DE VACINAS, A UM CUSTO DE DOIS BILHÕES E MEIO DE REAIS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
TÉC: O governo editou duas Medidas Provisórias para garantir a participação do Brasil na Covax Facility, a aliança coordenada pela Organização Mundial da Saúde que busca facilitar a compra e a distribuição de vacinas contra a covid-19. Serão dois bilhões e meio de reais para assegurar o ingresso brasileiro no programa, que dá acesso a um portfólio de pelo menos nove vacinas, que estão em testes de fase 2 ou 3. Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, a diversificação de fornecedores aumenta a chance do acesso dos brasileiros à vacina no menor tempo possível. O vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues, do Democratas de Roraima, parabenizou a decisão.
(Chico) A Medida Provisória que o Presidente Jair Bolsonaro assinou liberando R2,5 bilhões de reais para que o Brasil possa aderir ao consórcio da Organização Mundial de Saúde é em um momento extremamente oportuno. Porque obviamente toda a população brasileira espera por esse momento mágico da descoberta e a liberação dessa vacina porque a covid já tem causado milhares de mortes e o mundo inteiro espera esse momento da chegada da vacina.
(REP) A intenção é que o Brasil consiga comprar vacinas suficientes para garantir a imunização de 10% da população até o final de 2021, especialmente de grupos prioritários, como profissionais de saúde e idosos. A participação no consórcio não obriga o Brasil a comprar as vacinas do programa nem cancela os acordos prévios com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e com a farmacêutica chinesa Sinovac. Mas caso opte por uma das vacinas em desenvolvimento pelo consórcio da OMS, poderá fazer a compra sem licitação. O principal objetivo da Covax é a distribuição de pelo menos dois bilhões de doses para garantir a imunização contra a covid-19 de 60% da população mundial, com subsídio para 92 nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento. As Medidas Provisórias serão analisadas pelo plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovadas, seguem para votação no Senado. Da Rádio Senado, Marcella Cunha
