Reforma deveria resolver escassez de servidores públicos, avalia Veneziano
A prorrogação de contratos de trabalho temporários no Ministério da Agricultura gerou debate sobre a necessidade urgente de uma reforma administrativa que resolva a situação do funcionalismo público e ajuda a diminuir despesas do país. A expectativa é que a proposta do Executivo chegue ao Congresso Nacional ainda no mês de fevereiro. As informações com a repórter Raquel Teixeira.
Transcrição
LOC: A PRORROGAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO TEMPORÁRIOS EM DIVERSOS SETORES DO GOVERNO GERA DEBATE SOBRE A NECESSIDADE DA REFORMA ADMINISTRATIVA.
LOC: A EXPECTATIVA É QUE O EXECUTIVO ENVIE A PROPOSTA AO CONGRESSO NACIONAL AINDA NO MÊS DE FEVEREIRO. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
(TEC): Em meio a declarações polêmicas sobre o funcionalismo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende a redução dos custos na máquina pública para ajudar no equilíbrio das contas do país, que tem como maiores despesas os gastos com pessoal. A expectativa é que a reforma administrativa do executivo trate da diminuição do número de cargos, permita mais contratações temporárias e restrinja a estabilidade a algumas carreiras, como policiais federais, por exemplo. Ao debater sobre renovações de contratos do Ministério da Agricultura, o senador Veneziano Vital do Rêgo, do PSB da Paraíba, lembra da situação crítica de falta de recursos humanos em outros órgãos, como o INSS.
(Veneziano Vital): Nós estivemos vivenciando nesses primeiros dias de 2020 a realidade que termina por tragar nefastamente a mais de dois milhões e meio de cidadãos brasileiros que buscaram os serviços a serem prestados pelo INSS e na ausência de profissionais se viram padecendo por situações indizíveis e indesejáveis.
(Repórter): E o deputado Domingos Sávio, do PSDB de Minas Gerais, destaca a importância das carreiras públicas para a estrutura do estado.
(Domingos Sávio): Os servidores públicos tem um papel fundamental em toda a organização do estado democrático e sem eles pereceria a estrutura de um estado democrático. Não basta termos representantes do povo eleitos, não basta termos a estrutura do judiciário e do executivo, se não tivermos os servidores de carreira que de fato labutam para cumprir uma missão.
(Repórter): Em entrevista sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro diz que as mudanças não vão afetar os direitos dos atuais servidores, que somam mais de 600 mil, e que as novas regras vão servir para quem entrar no serviço público depois da aprovação da proposta. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.