Debatedores defendem universalização do teste do pezinho — Rádio Senado
Audiência pública

Debatedores defendem universalização do teste do pezinho

Especialistas que participaram de audiência na Subcomissão de Doenças Raras defenderam a universalização e o aumento do número de doenças que podem ser identificados pelo teste do pezinho na rede pública. O senador Flávio Arns (Rede-PR) destacou que a ampliação do teste pode trazer novos desafios ao sistema de saúde brasileiro. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

 

Veja a íntegra da audiência pública aqui.

02/10/2019, 16h18 - ATUALIZADO EM 02/10/2019, 18h29
Duração de áudio: 03:19
http://www.saude.am.gov.br

Transcrição
LOC: A UNIVERSALIZAÇÃO E A AMPLIAÇÃO DO NÚMERO DE DOENÇAS DIAGNOSTICADAS NO TESTE DO PEZINHO NA REDE PÚBLICA FORAM DEFENDIDAS EM AUDIÊNCIA DA SUBCOMISSÃO DE DOENÇAS RARAS. LOC: O TESTE FEITO NA REDE PÚBLICA EM RECÉM-NASCIDOS PERMITE A IDENTIFICAÇÃO DE SEIS DOENÇAS, ENQUANTO NA REDE PRIVADA O NÚMERO PODE CHEGAR A 50. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE: (Repórter) A subcomissão temporária sobre doenças raras debateu a ampliação da aplicação e das doenças diagnosticadas pelo teste do pezinho. Helena Pimentel, presidente da União dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, lamentou que o teste ainda não atinja a todos recém-nascidos: (Helena Pimentel) Uma triagem universal, 100%, a gente sabe que não acontece no Brasil, a maioria das doenças que estão na triagem são doenças genéticas, e todas demandam tratamento, tratamento para a vida toda, aconselhamento genético, presença do geneticista, e são da maioria doenças raras. (Repórter) Fabiano Romanholo, representante do ministério da saúde, afirmou que a pasta busca uma integração tecnológica entre os vários setores envolvidos na triagem neonatal para melhoria dos índices: (Fabiano Romanholo) Hoje a gente tem 30 serviços de referência de triagem neonatal, tem 24.300 postos de coleta de atenção básica, a coleta em até 5 dias de vida nosso indicador é de 58% e a cobertura 83%, para 2 milhões 450 mil triados no país. (Repórter) A cobertura cem por cento também é uma demanda da Verônica Stasiak, presidente do movimento "Unidos pela Vida": (Verônica Stasiak) A gente tem quase 3 milhões de nascidos vivos de acordo com DataSUS, o teste do pezinho prevê então que milhares de crianças sejam diagnosticadas através da ampliação, dessas outras doenças que podem ser diagnosticadas. (Repórter) A senadora e médica Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, afirmou que a luta para ampliação da triagem também será econômica, com a busca de recursos para a área da saúde: (Zenaide Maia) A gente vai ter que lutar por isso. Primeiro porque a gente sabe que essa ampliação é essencial. Sabemos que o diagnóstico precoce é a coisa mais importante. (Repórter) A médica geneticista Flávia Piazzon, defendeu a ampliação do número de doenças que podem ser diagnosticadas pelo teste do pezinho. Atualmente são seis nas redes públicas estaduais: (Flávia Piazzon) E hoje ele está em sua fase 4 com seis doenças. Isso acontece ou deveria estar acontecendo em todos os estados brasileiros, exceto o Distrito Federal, porque hoje a gente tem no Distrito Federal ele engloba mais que 30 doenças, na rede privada hoje disponível no Brasil a gente pode chegar a 50 possíveis diagnósticos. (Repórter) No Distrito Federal, já são 30 doenças possíveis de serem diagnosticadas pela rede pública. A representante da secretaria de saúde do DF, Camila Carloni, lembrou que a determinação veio pela legislação: (Camila Carloni) A gente fez um trabalho de ampliação da triagem neonatal no Distrito Federal por força de uma lei. A gente enquanto secretaria de estado de saúde recebeu de presente a lei pra gente dar conta de cumprir (Repórter) O Senador Flávio Arns, da Rede Sustentabilidade lembrou que a ampliação do teste do pezinho pode trazer novas demandas em relação às doenças raras: (Flávio Arns) Poucos pacientes, mas muitas doenças. Isso faz com que o universo no Brasil seja bastante grande. Todos esperando pelo diagnóstico, pelo tratamento se for o caso, atendimento e apoio. (Repórter) O teste do pezinho foi implantado no Brasil em 1976.

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