Funcionários da Vale e Tüv Süd Brasil prestam depoimentos na CPI de Brumadinho
Nesta terça-feira (23), a Comissão Parlamentar de Inquérito de Brumadinho (CPIBRUM) ouviu o depoimento de dois funcionários da Vale e um da Tuv Sud Brasil. A reunião foi conduzida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e pelo relator da CPI, senador Carlos Viana (PSD-MG). Saiba mais na reportagem de Poliana Fontenele.
Transcrição
LOC: A CPI DE BRUMADINHO OUVIU OS DEPOIMENTOS DE FUNCIONÁRIOS DA VALE E DA EMPRESA TUV SUD BRASIL. UM DOS CONVOCADOS, CÉSAR GRANDCHAMP, GEÓLOGO DA VALE AFIRMOU QUE A BARRAGEM NÃO APRESENTAVA FALHAS.
LOC: SENADORES CONSIDERARAM O DEPOIMENTO CONTRADITÓRIO. A REPORTAGEM É DE POLIANA FONTENELE.
TÉC: Entre os depoentes na CPI de Brumadinho, estava César Grandchamp, geólogo da Vale. Segundo ele, a tragédia ocorreu por “informações desencontradas” e a barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, não apresentava risco de rompimento.
(César Grandchamp) Esse tempo todo eu nunca ouvi de ninguém, de nenhum consultor, de nenhuma empresa, de nenhum técnico, que a barragem B1 tivesse em risco para que isso levasse a evacuação das pessoas.
(Repórter) O relator da CPI, senador Carlos Viana, do PSD de Minas Gerais, questionou a afirmação do geólogo.
(Carlos Viana) O senhor esteve na barragem em junho, o senhor acompanhou depois o relatório da Tuv Sud de pedido de providências numa série de alterações. Em Janeiro dia 10 o senhor recebeu o informe e ninguém foi lá verificar o que estava acontecendo.
(Repórter) Questionado se havia assinado o relatório de estabilidade da barragem por pressão da Vale, César Grandchamp negou. Em seguida, Felipe Figueiredo, do setor de Gestão de Riscos Geotécnicos da Vale, prestou seu depoimento e afirmou ter apresentado os riscos da barragem à diretoria da empresa.
(Felipe Figueiredo) Eu confirmo essa informação. Eu não tinha o porquê de manter essas informações somente para mim, essas informações eram de toda publicidade dentro da geotecnia da Vale.
(Repórter) O engenheiro Arsênio Negro Júnior, auditor da empresa Tuv Sud Brasil, também foi convocado para depor, mas apresentou um Habeas Corpus que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio. Com supervisão de Tiago Medeiros, da Rádio Senado, Poliana Fontenele.
