Liberação do plantio de maconha para uso medicinal está pronta para votação
A Comissão de Assuntos Sociais deve votar na próxima quarta-feira o relatório da senadora Marta Suplicy (MDB-SP) que descriminaliza o semeio, o cultivo e a colheita de maconha para uso medicinal. O projeto (PLS 514/2017) permite a importação da semente e o plantio apenas da quantidade necessária para o tratamento prescrito pelo médico em local e prazo pré-determinados. Marta Suplicy explicou que assunto foi debatido com pacientes, autoridades e especialistas e lembrou que o uso terapêutico do canabidiol, um dos componentes da maconha, já é liberado pela Anvisa para o tratamento de diversas doenças.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DEVE ANALISAR NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA UMA PROPOSTA QUE LIBERA A IMPORTAÇÃO DE SEMENTES E O CULTIVO DE MACONHA PARA O USO MEDICINAL.
LOC: O USO TERAPÊUTICO DO CANABIDIOL, UM DOS COMPONENTES DA PLANTA, JÁ É LIBERADO PELA ANVISA PARA O TRATAMENTO DE DIVERSAS DOENÇAS, COMO EPILEPSIA E ALZHEIMER. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(Repórter) O relatório da senadora Marta Suplicy, do MDB de São Paulo, descriminaliza o semeio, o cultivo e a colheita de maconha para uso medicinal. O projeto permite a importação da semente e o plantio apenas da quantidade necessária para o tratamento prescrito pelo médico em local e prazo pré-determinados. Marta Suplicy explicou que o assunto foi debatido em audiências públicas com pacientes, autoridades e especialistas. Ela citou que o uso terapêutico do canabidiol, um dos componentes da maconha, já é liberado pela Anvisa para o tratamento de diversas doenças.
(Marta Suplicy) “Em face das evidências científicas sobre os benefícios terapêuticos do uso da cannabis em tratamentos de inúmeras enfermidades, tais como Autismo, Epilepsia, Alzheimer, Doença de Parkinson, Dores Crônicas e Neuropatias; e da dor e do sofrimento dos pacientes e de seus familiares, reiteradamente expostos nas inúmeras audiências públicas aqui realizadas, não podemos relegar o tema a uma mera discussão política ou ideológica. Mais do que tudo, precisamos ter empatia e nos colocarmos no lugar do outro”
(Repórter) O senador Waldemir Moka, do MDB do Mato Grosso do Sul, que é médico, argumentou que a proposta não representa a liberação geral da maconha, mas apenas para uso medicinal.
(Waldemir Moka) “Só é polêmico porque falta informação. A cannabis para fins medicinais, e eu sou médico, realmente funciona, não há como você negar isso. Agora, não sou favorável à liberação. Porque as pessoas reagem e forma diferente”
(Repórter) A proposta deve analisada pela Comissão de Assuntos Sociais e, em seguida, pelo plenário do Senado.
PLS 514/2017
