Ministro do Planejamento defende na CMO emenda do teto de gastos — Rádio Senado
Orçamento

Ministro do Planejamento defende na CMO emenda do teto de gastos

06/06/2018, 19h49 - ATUALIZADO EM 06/06/2018, 19h49
Duração de áudio: 02:11
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) realiza audiência pública com o ministro do Planejamento para esclarecimentos acerca do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2019. 

À mesa, secretário de orçamento federal do Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, George Alberto de A. Soares.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: O GOVERNO PRECISA DE MAIS ALGUNS DIAS PARA SABER EXATAMENTE O TAMANHO DO IMPACTO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS NA ECONOMIA. LOC: FOI O QUE AFIRMOU O MINISTRO DO PLANEJAMENTO AOS PARLAMENTARES DA COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: O ministro do Planejamento Esteves Pedro destacou o crescimento da economia em 0,4 por cento no primeiro trimestre de 2018. É o quinto trimestre consecutivo de alta. Mas o cenário não é muito positivo para os próximos meses, especialmente por conta da greve dos caminhoneiros. O governo ainda analisa o tamanho do impacto, mas o relator-geral do Orçamento de 2019, senador Waldemir Moka, do MDB de Mato Grosso do Sul, não tem dúvidas de que as consequências serão graves: (WALDEMIR MOKA): O Brasil errou há 40, 50 anos atrás quando optou por um sistema modal que é o rodoviário. E esqueceu do ferroviário. Ninguém também esperava que o barril do petróleo, que custav 30 passou a custar 80, a disparada do dólar, enfim, todas essas coisas que todos nós conhecemos. Mas que trouxeram prejuízo e que esse prejuízo vai aparecer. (MAURÍCIO): O ministro Esteves Pedro descartou qualquer aumento de impostos para melhorar as contas do governo, mas alertou que alguma coisa precisa mudar em relação ao Orçamento. Segundo ele, em 2006, 89 por cento de tudo o que o governo arrecadou foram usados para pagar despesas obrigatórias, como a folha de pagamento. Se nada for feito, esse número subirá para 98 por cento em 2021, o que inviabilizaria qualquer novo investimento em infraestrutura, por exemplo. O ministro do Planejamento defendeu também a emenda constitucional que limitou os gastos do governo: (ESTEVES PEDRO JÚNIOR): Muitas vezes nos colocam: “mas a emenda do teto do gasto ela é insustentável”. A emenda do teto do gasto é que hoje nos dá a credibilidade para vivermos 8 anos de déficit, talvez 11 anos de déficit, e mesmo assim termos a situação que hoje nos encontramos: inflação baixa, taxa de juros baixa, quer dizer, ela é uma âncora de segurança para a situação fiscal do governo. (MAURÍCIO): O ministro reafirmou ainda que o rombo nas contas públicas em 2019 será de 139 bilhões de reais. Em 2020, o déficit estimado é de 110 bilhões; e de 70 bilhões, em 2021. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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