Seminário discute a violência contra profissionais de comunicação
A violência contra profissionais de comunicação foi debatida em seminário promovido pelo Conselho de Comunicação do Congresso Nacional. Os participantes ressaltaram a importância do Jornalismo para o fortalecimento da democracia. E sugeriram campanhas educativas para que a sociedade compreenda o papel do jornalista. A reportagem é de Iara Farias Borges, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A VIOLÊNCIA CONTRA PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO FOI TEMA DE UM SEMINÁRIO PROMOVIDO PELO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO CONGRESSO NACIONAL.
LOC: OS PARTICIPANTES DO EVENTO OBSERVARAM QUE A AGRESSÃO A JORNALISTAS É UM ATENTADO À DEMOCRACIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES:
TÉC: Só em 2018, dois profissionais de comunicação brasileiros já foram assassinados e quarenta e um sofreram algum tipo de violência, ressaltou Paulo Camargo, presidente da Abert, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão. Ele informou que o Brasil ocupou, em 2017, o centésimo terceiro lugar como país com menor liberdade de impressa, entre os 180 estudados pela organização Jornalistas sem Fronteira. Para ele, a violência contra repórteres é motivada pela intolerância. (Paulo Camargo – 08”) “Enquanto tiver violência contra um jornalista que seja no Brasil, nós não podemos tolerar. Isto é um ataque à liberdade de imprensa”.
(Rep.): O representante da Abratel, Associação Brasileira de Rádio e Televisão, Paulo Pimenta, considera a agressão aos profissionais de imprensa um ataque à democracia.
(Paulo Pimenta) “A violência seja contra quem for já é horrível. E contra o profissional de comunicação é ainda mais porque ela fere a pessoa e fere a democracia também”.
(Rep.): Políticos, policiais e manifestantes são os principais agressores à imprensa, observou a conselheira Maria José Braga, que também é presidente da Federação Nacional dos Jornalistas. Em sua visão, há no Brasil uma cultura de violência que não tolera a diversidade de opinião.
(Maria José Braga) “Acham que não podem ser contrariados, quanto mais denunciados publicamente. Então, o nosso papel não é de trabalhar a favor ou contra ninguém. O nosso papel é de buscar informação e de levar a informação o mais veraz possível para que o cidadão constitua o seu próprio juízo e possa julgar se está a favor ou contra alguém”.
(Rep.): Além dos conselheiros, participaram do debate representantes das empresas de comunicação e dos trabalhadores do setor. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.