Senadores repercutem redução da taxa básica de juros — Rádio Senado
Economia

Senadores repercutem redução da taxa básica de juros

Ao comemorarem mais uma redução da taxa básica de juros, os senadores governistas citaram a diminuição dos gastos com o pagamento da dívida pública. A oposição disse que a queda da chamada Selic não beneficia a população que ainda lida com juros altos nos bancos.

07/12/2017, 19h21 - ATUALIZADO EM 08/12/2017, 09h05
Duração de áudio: 02:00
Edifício sede do Banco Central do Brasil.

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: AO COMEMORAREM MAIS UMA REDUÇÃO DA TAXA BÁSICA DE JUROS, OS SENADORES GOVERNISTAS CITARAM A DIMINUIÇÃO DOS GASTOS COM O PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA. LOE: A OPOSIÇÃO DISSE QUE A QUEDA DA CHAMADA SELIC NÃO BENEFICIA A POPULAÇÃO QUE AINDA LIDA COM JUROS ALTOS NOS BANCOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Na última reunião do ano, o Banco Central reduziu em meio ponto percentual a taxa Selic para 7% ao ano. Esse é o menor patamar da taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária argumentou que as reformas feitas pelo governo federal e a inflação baixa justificam a décima queda seguida da Selic. O senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, destacou que a redução da taxa básica de juros impacta positivamente nas contas públicas. (Agripino) No momento, a taxa Selic está beneficiando em muito o Tesouro Nacional porque os títulos que estão sendo negociados no mercado estão com uma taxa de juros menor, portanto, com uma remuneração menor. O serviço da dívida, portanto, está consumindo menos dinheiro do Orçamento da União. Agora, o importante é que além da União, o tomador final, o investidor, o gerador de emprego, possa, em função da diminuição do risco da economia, possa tomar o dinheiro a uma taxa de juros proporcionalmente também menor. REP: A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, ressaltou que esse percentual mais baixo da Selic não atingiu a população em geral, que ainda paga muito pelos empréstimos bancários, financiamentos, cheque especial e pelo rotativo do cartão de crédito. Ela também avalia que o governo não conseguirá economizar com a redução dos juros devido ao cenário de recessão. (Gleisi) Pode até ser que reduza o gasto de pagamento dos juros da dívida. Mas como estamos com a arrecadação muito baixa, quase sem receita, isso terá um efeito muito pífio para o resultado fiscal. E para a economia, ainda mais pífio porque tínhamos que ter uma redução muito consistente e grande da taxa de juros e não como o Banco Central está fazendo: a conta-gotas. Estamos com a inflação abaixo da meta. Ainda temos a maior taxa de juros real do mundo. É isso que o Banco Central tem que ver. REP: No ano passado, o governo gastou R$ 330 bilhões com juros de uma dívida de R$ 3,1 trilhões. Para este ano, o déficit público previsto é de R$ 3,6 trilhões. Da Rádio Senado, Hérica Christian. PEC 24/2012

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