CPI da Previdência ouve trabalhadores rurais e aposentados — Rádio Senado
CPI da Previdência

CPI da Previdência ouve trabalhadores rurais e aposentados

10/07/2017, 19h44 - ATUALIZADO EM 10/07/2017, 19h47
Duração de áudio: 02:24
CPI da Previdência (CPIPREV) realiza audiência interativa com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) Contag e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Mesa:
representante da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Maurício Oliveira;
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos;
presidente da CPIPREV, senador Paulo Paim (PT-RS);
coordenador do núcleo econômico da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Renato Conchon;
presidente da Associação Recicle a Vida, Cleusimar Alves de Andrade;
representante da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-DF), Jaira Maria Alba Puppim.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DA PREVIDÊNCIA RECEBEU NESTA SEGUNDA-FEIRA REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA E DOS APOSENTADOS. ELES AFIRMARAM QUE A SEGURIDADE SOCIAL É SUPERAVITÁRIA. LOC: SEGUNDO OS PARTICIPANTES, A PRINCIPAL FONTE DE GASTOS DO GOVERNO É COM O PAGAMENTO DE JUROS E AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA INTERNA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) A CPI da Previdência trouxe nesta 2ª feira representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, da Confederação Brasileira de Aposentados - COBAP e das áreas de engenharia sanitária e reciclagem de lixo. Todos mostraram uma gritante diferença entre os números apresentados pelo governo para justificar a reforma da Previdência e a contabilidade real no orçamento da União. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul e presidente da CPI, destacou a falta de empenho do governo cobrar o que é descontado do trabalhador rural e não repassado à previdência: (Paulo Paim) O trabalhador quando vende o produto, ele vende no talão. O que compra desconta do trabalhador, paga a menos, mas não repassa para a Previdência. Tanto que os dados mostram que tanto na área rural, como urbana, chega a 25 bilhões por ano que eles desviam. E não repassam, mas descontam do trabalhador. (Repórter) Aristides Veras dos Santos, presidente da CONTAG, explicou que as Desonerações e Desvinculações de receita da União levam uma fortuna de dinheiro da Seguridade Social: (Aristides Veras dos Santos) 827 bilhões, só ali que já foram desonerados ao longo de 10 anos, significa muito dinheiro da Previdência nessas desonerações. Tem a questão da DRU, é complicada. Porque, por exemplo, se o orçamento da Previdência, da seguridade Social, é deficitário, por que tem DRU? Por que era 20% e agora aumentaram para 30? Então, há muita contradição. (Repórter) Maurício Oliveira, da COBAP, explicou que não é a Previdência que sangra o Orçamento da União é sim os mais de 1 trilhão e 100 bilhões de reais pagos anualmente como juros e amortizações da dívida interna: (MAURÍCIO 0:15):.Todo ano, a União tem que cobrir o rombo do Orçamento Fiscal. Quase 40% de tudo que a União arrecada, tem de cobrir aquilo ali. E que dentro desse “todo orçamentário”, a Previdência ela representa só 22% do gasto. (Repórter) O relator da CPI, senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, afirma que o sistema financeiro é o grande defensor da reforma previdenciária: ( Hélio José) Eu creio que o governo terá juízo e que essa reforma da Previdência não prospere. Eu acho que ela está fundada em algumas premissas falsas colocadas por alguns interessados em posicionar o governo para atender parcela do sistema financeiro. (Repórter) A CPI da Previdência deve voltar a se reunir ainda nesta semana para discutir novas convocações.

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