Senadores repercutem resultados de pesquisa do Ipea sobre violência

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LOC: SENADORES REPERCUTEM RESULTADOS DO ATLAS DA VIOLÊNCIA, DIVULGADO PELO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. LOC: O RELATÓRIO ANALISOU DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO PERÍODO DE 2005 A 2015. DURANTE ESTE PERÍODO FORAM MAIS DE 580 MIL HOMICÍDIOS. REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO. TÉC: Mais de 580 mil pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil entre 2005 e 2015. É o que revela o relatório Atlas da Violência, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea. O levantamento foi feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e teve como base dados do Sistema de Informação sobre Mortalidades do Ministério da Saúde. Só em 2015 o número de assassinatos ultrapassou a marca de 59 mil casos, o que equivale a 161 mortes por dia naquele ano. Em 2005, foram 48 mil, um aumento de 22,7% em 10 anos. O senador Lasier Martins, do PSD gaúcho, tratou as taxas como vergonhosas e comparou o número de mortos aos de países em guerra: (Lasier) Se alguém ainda tinha dúvida de que vivemos no País mais violento e inseguro do mundo, os dados oficiais de novo nos colocam a par da nossa trágica realidade. (REP) O estudo releva, ainda, que as maiores vítimas da violência são homens entre 15 e 29 anos. A cada 100 pessoas assassinadas, 71 são negras. Na avaliação da senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, a falta de investimentos sociais está diretamente ligada ao aumento da criminalidade: (Fátima) Onde falta escola, abre-se espaço para a entrada de organizações criminosas. Quanto menos escolas, mais prisões, mais presídios. (REP) Na contramão do número geral de assassinatos no país, alguns estados tiveram diminuição nas taxas durante o período, como o Espírito Santo, que reduziu mais de 27% dos casos; e Alagoas, com menos 21,8%. O senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, destacou o feito em seu estado: (Renan) O esforço é no sentido de que o nosso estado seja mais seguro para todos: homens, mulheres, jovens e crianças. (REP) Acesse o relatório completo em: www.ipea.gov.br/atlasviolencia. Da Rádio Senado, Gustavo Azevedo.