Presidente do Banco Central diz que sinais da recuperação da confiança no país são evidentes — Rádio Senado
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Presidente do Banco Central diz que sinais da recuperação da confiança no país são evidentes

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse a senadores da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) nesta terça-feira (04) que os sinais da recuperação da confiança no país já são evidentes. Segundo Ilan Goldfajn, quando as medidas do pacote fiscal forem aprovadas a recuperação da economia se intensificará.

Mas, senadores como Lídice da Mata (PSB – BA) temem uma aprofundamento das desigualdades regionais com a nova política do BC. Já o senador Cristovam Buarque (PPS – DF), repudia medidas mágicas, que se mostraram desastrosas no passado, e cobra prazo para a queda dos juros.

04/04/2017, 13h47 - ATUALIZADO EM 04/04/2017, 13h57
Duração de áudio: 02:27
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência interativa com o presidente do Banco Central para tratar sobre perspectivas futuras da política monetária.

Em pronunciamento, presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn.


Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DIZ A SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS QUE OS SINAIS DA RECUPERAÇÃO DA CONFIANÇA NO PAÍS JÁ SÃO EVIDENTES. LOC: NA AVALIAÇÃO DE ILAN GOLDFAJN, QUANDO AS MEDIDAS DO PACOTE FISCAL FOREM APROVADAS, A RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA SE INTENSIFICARÁ. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) Ilan Goldfajn destacou a melhora dos indicadores financeiros no último ano. A inflação, que chegou aos dois dígitos em dezembro, caiu para quatro vírgula oito por cento, em fevereiro. A taxa Selic, que era de 14,25% quando ele assumiu o Banco Central, em junho, agora está em 12,25%, e o Real se valorizou 20% em relação ao dólar. Mas senadores como Lídice da Mata, do PSB da Bahia, disseram temer um aprofundamento das desigualdades regionais com medidas tomadas pelo governo na política, por exemplo, de financiamentos do BNDES. (Lídice da Mata) Nós teremos um aprofundamento desta política com as posições tomadas, na minha opinião, contra o BNDES, e sofrerá drasticamente com essas medidas e terá comprometida sua missão de banco de desenvolvimento do Brasil. (Repórter) Já o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, afirmou não querer medidas mágicas, que se mostraram desastrosas no passado, segundo ele, mas quis um prazo para a queda dos juros. (Cristovam Buarque) Não defendo baixar taxa de juros por decreto e que respeito a lei da gravidade mesmo não gostando dela e não salto pela janela e por isso uso elevador. Mas quanto tempo vai levar, com todo o rigor que exige, para darmos além da gravidade fiscal e monetária, para que a gente tenha taxa de juros equivalente aos outros países. (Repórter) O presidente do Banco Central respondeu estar confiante na resposta da economia ao pacote de reformas estruturais apresentado pelo governo, além de medidas pontuais como mudanças nas regras do pagamento rotativo do cartão de crédito e nos novos contratos do BNDES. (Ilan Goldfajn) A questão é responder quando no cargo que estou entendo que isso acaba influenciando mercado, afetando pra onde vai. Então é algo que temos que comunicar nos documentos oficiais mas é algo que acredito que à medida que as reformas e ajustes forem feitos vamos ter bons resultados. (Repórter) Ilan Goldfajn destacou também o bom nível de reservas internacionais, na ordem de mais de 370 bilhões de dólares, cerca de 20% do PIB, que funciona como uma espécie de seguro contra turbulências externas.

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