CMO debate gestão das empresas públicas após investigações da Lava Jato — Rádio Senado
Comissão de Orçamento

CMO debate gestão das empresas públicas após investigações da Lava Jato

21/11/2016, 18h17 - ATUALIZADO EM 21/11/2016, 18h17
Duração de áudio: 02:01
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) realiza audiência pública para discutir sobre obras e serviços com indícios de irregularidades graves constantes do PLOA de 2017. Serão ouvidos dirigentes da Eletrobrás Termonuclear, ANTT, FNS, Ministério do Esporte e Infraero. 

Mesa: 
gerente de Engenharia da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Cristiano Della Giustina; 
representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Luiz Fernando Castilho; 
coordenador do Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI), senador Telmário Motta (PDT-RR); 
representante do Tribunal de Contas da União (TCU), Andre Vital 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A GESTÃO DAS EMPRESAS PÚBLICAS APÓS AS INVESTIGAÇÕES DA OPERAÇÃO LAVA JATO FOI O TEMA DE UM DEBATE NA COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO. LOC: REPRESENTANTES DE ESTATAIS, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E PARLAMENTARES DISCUTIRAM O QUE PODE SER FEITO PARA EVITAR A PARALISAÇÃO DE EMPREEDIMENTOS PÚBLICOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) O Comitê de Obras Inacabadas da Comissão Mista de Orçamento ouviu nesta segunda-feira vários representantes de empresas públicas sobre a gestão das estatais após as investigações da Operação Lava Jato. A exposição do caso da Eletronuclear foi a que chamou mais atenção, pois o seu novo presidente e o representante do TCU deram vários detalhes do esquema de corrupção descoberto durante a Operação Rádio Atividade, uma das etapas da Operação Lava Jato. O presidente da Comissão de Obras Inacabadas, senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, destacou o fato de se ter falado abertamente sobre os valores desviados das obras da usina nuclear de Angra 3: (Telmário Mota) Eu achei que vieram de forma com espírito aberto. Com o compromisso, a responsabilidade de trazer a verdade, de trazer a transparência. Eu acho que eles deixaram as coisas muito claras. Eu só lamento profundamente que faltou mais debates nesse sentido. A ausência de alguns parlamentares que nesse momento era importante aprofundar, porque nós estamos tratando de obras que estão paradas, dando aí prejuízos à nação. Você vê Angra, só de preservação são 6 milhões/mês. (Repórter) O presidente da Eletronuclear, Bruno Campos Barreto, lembrou que com a descoberta do esquema que desviou mais de 350 milhões de reais em valores atualizados, um dos grandes dramas da Eletronuclear é evitar que toda a estrutura já construída se degrade: (Bruno Campos Barreto) Neste momento, com a obra interrompida em estágio de difícil controle de degradação, as atividades da Eletronuclear se concentram em preservação do canteiro. Na verdade, aquilo é uma praia, a praia de Itaorna, ali em Angra dos Reis. E são condições de salinidade, de umidade, de intempéries que são danosas à manutenção da implantação do empreendimento interrompida. (Repórter) Rafael Carneiro di Bello, auditor do TCU explicou que além do próprio prejuízo causado pela corrupção, a ausência do funcionamento da Usina Nuclear de Angra 3 prejudica toda a população brasileira.

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