Acordo de Paris sobre mudanças climáticas entra oficialmente em vigor nesta sexta-feira — Rádio Senado
Meio Ambiente

Acordo de Paris sobre mudanças climáticas entra oficialmente em vigor nesta sexta-feira

O acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, firmado por mais de 170 países, entra em vigor nesta sexta-feira (4). O Brasil é um dos signatários do acordo e se compromete a cumprir metas como o fim do desmatamento ilegal e a redução da emissão de gases de efeito estufa em 43% até 2023. Para a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), o Brasil tem plenas condições de cumprir as metas estabelecidas. Já o senador Jorge Viana (PT-AC) questiona a capacidade do país de implementar os compromissos firmados. Ouça os detalhes na reportagem de Paula Groba.

03/11/2016, 18h41 - ATUALIZADO EM 04/11/2016, 08h53
Duração de áudio: 02:59
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Transcrição
LOC: O ACORDO DE PARIS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS FIRMADO POR MAIS DE 170 PAÍSES ENTRA OFICIALMENTE EM VIGOR NESTA SEXTA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO. LOC: O BRASIL É UM DOS SIGNATARIOS DO ACORDO E SE COMPROMETE A CUMPRIR MESTAS COMO O FIM DO DESMATAMENTO ILEGAL E A REDUÇÃO DA EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA EM ATÉ 43% ATÉ 2030. OUÇA OS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. (Repórter) Após o histórico Protocolo de Kyoto, que em 1997 definiu que países desenvolvidos cumprissem metas de redução dos gases de efeito estufa, o acordo mundial na área climática mais importante foi fechado em 2015, na França, durante a vigésima primeira Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP 21. E o Brasil foi destaque ao apresentar metas consideradas ambiciosas para a contenção do aquecimento global. Isso porque o governo brasileiro apresentou metas em âmbito absoluto, não apenas setoriais, para diminuir os danos provocados ao clima. Anunciadas pela então presidente Dilma Rousseff, as metas de redução de gases no Brasil estão previstas para duas etapas: 2025 e 2030, com estratégias como a maior participação em energias renováveis e o fim do desmatamento ilegal. (Dilma Rousseff) O Brasil pretende o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, a integração de 5 milhões de hectares, de lavoura pecuária em florestas. (Repórter)Quase um ano após o acordo firmado em Paris, o Brasil continua protagonista no acordo, entre as nações envolvidas. Em agosto, o Congresso brasileiro ratificou o Acordo de Paris, demonstrando a preocupação do poder público em atuar rapidamente na questão. Para a senadora Kátia Abreu, do PMDB de Tocantins, o Brasil tem plenas condições de cumprir as metas estabelecidas. (Kátia Abreu) Primeiro país do mundo entre 194 países a ratificar a Convenção de Paris, a Convenção do Clima de Paris. Isso demonstra que nós não temos nada a temer. Muito ao contrário, nós temos muito a ensinar pro mundo sobre meio ambiente. (Repórter)Oficialmente, o Acordo de Paris entra em vigor nesta sexta-feira, dia 4 de novembro, exatamente um mês após o compromisso ter sido ratificação por pelo menos 55% dos países signatários. Mas a pergunta agora é como cumprir as metas e tirá-las do papel, como questiona o senador Jorge Viana, do PT do Acre, integrante da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso. (Jorge Viana) O Compromisso nosso com a ratificação que fizemos no Congresso num compromisso do estado brasileiro e eu não tenho dúvida de que a pergunta vem da própria sociedade: Qual o nível de certeza que nós temos de que os compromissos serão mesmo implementados? Sendo implementados eles de fato vão evitar que a temperatura do planeta passe de 1,5 graus por exemplo que seria o ideal? (Repórter) A regulamentação sobre o Acordo de Paris começa a ser definida ainda neste mês durante a Vigésima Segunda Conferência sobre Mudanças Climáticas que ocorre em Marrakech.

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