Acusação abre mão de prazos para agilizar votação do impeachment — Rádio Senado
Impeachment

Acusação abre mão de prazos para agilizar votação do impeachment

03/08/2016, 19h32 - ATUALIZADO EM 03/08/2016, 19h32
Duração de áudio: 02:13
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARA AGILIZAR VOTAÇÃO DO PROCESSO DE IMPEACHMENT, ACUSAÇÃO ABRE MÃO DE VINTE E QUATRO HORAS DO PRAZO PARA ENTREGA DE DOCUMENTO FINAL. DECISÃO PERMITE QUE JULGAMENTO DE DILMA ROUSSEFF COMECE NO DIA 25 DE AGOSTO. LOC: ALIADOS DA PRESIDENTE AFASTADA CRITICAM O QUE CHAMARAM DE MANOBRA PARA CONCLUIR LOGO O PROCESSO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Os autores da denúncia contra a presidente afastada Dilma Rousseff só vão usar 24 das 48 horas a que têm direito para apresentarem o chamado libelo, ou considerações finais antes do início de um julgamento. O advogado João Berchmans negou que a decisão seja uma manobra para antecipar a conclusão do processo, ao lembrar a redução de 10 dias na entrega das alegações finais. (João Berchmans) Na verdade não é estratégia. É um direito que a acusação tem de exercer ou não os seus prazos. Estamos procurando otimizar. Já há elementos suficientes para convicção. (Repórter) O advogado de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, criticou a antecipação do prazo por parte da acusação. (José Eduardo Cardozo) Por pressão do Palácio do Planalto, querem correr ao máximo. Os próprios prazos que são exíguos estão sendo reduzidos. Há que se perguntar por que? Por que querem apressar? Estão com receio de alguma coisa? Da cassação de Eduardo Cunha? É a pergunta que fica no ar. (Repórter) O presidente da Comissão Especial do Impeachment, senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, afirmou que a alteração do prazo poderá antecipar o início do julgamento final para o dia 25, quatro dias antes do previsto. (Raimundo Lira) Essa redução de 24 horas cria as condições para que o presidente do Supremo Tribunal Federal possa, a critério dele, marcar para o dia 25 de agosto o início do julgamento. (Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, questionou a pressa dos favoráveis ao impeachment. (Vanessa Grazziotin) Não só essa iniciativa. Você pode escrever que eles vão também abrir mão de suas testemunhas para tentar apressar o julgamento cuja decisão já está definida por eles. (Repórter) Mas o senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, argumentou que um dia a mais ou a menos não mudará a opinião já formada dos julgadores de Dilma. (Ricardo Ferraço) Me parece uma decisão acertada na medida que o país não suporta mais que esse processo se arraste causando grandes incertezas e preocupações para a Nação Brasileira. (Repórter) O relatório do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, pelo julgamento de Dilma no Plenário do Senado está marcado para o dia 9 de agosto.

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