Raimundo Lira nega manobra para protelar julgamento contra Dilma Rousseff — Rádio Senado
Comissão do Impeachment

Raimundo Lira nega manobra para protelar julgamento contra Dilma Rousseff

01/08/2016, 20h49 - ATUALIZADO EM 01/08/2016, 20h49
Duração de áudio: 02:54
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT NEGA MANOBRA PARA PROTELAR JULGAMENTO CONTRA DILMA ROUSSEFF. LOC: RELATÓRIO OFICIAL DEVERÁ TER MAIS DE 400 PÁGINAS. ALIADOS DA PRESIDENTE AFASTADA TERÃO UMA HORA PARA APRESENTAR VOTO EM SEPARADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A Comissão Especial do Impeachment conhecerá nesta terça-feira o relatório final do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais. O documento deverá ter mais de 400 páginas por conter citações dos depoimentos das testemunhas ouvidas, da perícia, das alegações finais da defesa e da acusação, além dos documentos que chegaram ao colegiado. Apesar de ter o prazo de quatro horas para ler o parecer, Antonio Anastasia deverá oferecer o resumo aos senadores, já que o relatório será publicado integralmente. Também serão apresentados dois votos em separado. O do PT, a ser lido pelo senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, trará citações de integrantes do PMDB e da oposição para mostrar que o processo de impeachment tem razões políticas. Já o da senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, em parceria com a Rede Sustentabilidade, abordará questões jurídicas na tentativa de comprovar que Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade com a edição dos decretos sem autorização do Congresso Nacional nem com as chamadas pedaladas fiscais. (Vanessa Grazziotin) Ele já deveria descartar de pronto as pedaladas não só pelo laudo pericial mas pela decisão do Ministério Público Federal que disse não ser operação de crédito. E no que diz respeito aos decretos, idênticos a esses foram assinados pelo vice-presidente da República e por presidentes anteriores. E não há que se falar que decreto de abertura de crédito tenha ferido a meta fiscal. (Repórter) A senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, minimizou a apresentação dos dois votos em separado. (Ana Amélia) Faz parte do jogo. Acho bom isso porque assegura a ampla defesa. É natural e não vejo nenhum risco. Isso é a continuidade. Está dentro do Regimento. É uma votação histórica e eles precisam firmar posição. (Repórter) Por decisão do presidente da Comissão, senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, na linha de garantir o amplo direito de defesa, os aliados de Dilma terão uma hora para apresentar os pareceres alternativos. Ele também rebateu insinuações sobre o calendário apresentado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, que prevê o início do julgamento final no Plenário do Senado no dia 29 de agosto. Lira reiterou que esta data já estava prevista. (Raimundo Lira) “Eu na condição de presidente da comissão especial sempre fui rigoroso em relação aos ritos e prazos previamente aprovados, da mesma forma que não há o menor interesse, a menor vontade do presidente do Supremo Tribunal Federal em alongar o rito. A data que ele está prevendo é uma data que está absolutamente dentro do rito e do bom senso”. (Repórter) O relatório oficial será debatido na quarta-feira e votado na quinta-feira pela Comissão Especial do Impeachment.

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