Doença infecciosa que afeta cavalos volta a ser tema de debate em comissão — Rádio Senado

Doença infecciosa que afeta cavalos volta a ser tema de debate em comissão

07/07/2016, 12h47 - ATUALIZADO EM 07/07/2016, 13h33
Duração de áudio: 02:42
CRA: audiência interativa debate o Mormo, doença contagiosa causada pela bactéria burkholderia mallei, que atinge o plantel de equídeo brasileiro.
Data: 07/07/2016
Horário: 08:00:00
Local: Ala Senador Alexandre Costa, Plenário nº 13

Foto: Pedro França/Agência Senado.
Pedro França

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA VOLTOU A DISCUTIR NESTA QUINTA-FEIRA O MORMO, DOENÇA INFECCIOSA QUE AFETA CAVALOS, BURROS E MULAS. LOC: QUANDO IDENTIFICADA A CONTAMINAÇÃO, O ANIMAL É SACRIFICADO PARA NÃO CONTAGIAR OS DEMAIS E O CRIADOR TEM SUA PROPRIEDADE INTERDITADA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC.(Iara): Esta foi a segunda audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária para discutir o mormo. A doença é causada por uma bactéria que afeta principalmente os equinos. Causa rinite no animal – com produção de muito muco, que contagia os demais – e também dilatação e endurecimento das glândulas da mandíbula inferior. Se comprovada a presença da bactéria, o animal é sacrificado e a propriedade, interditada. E a desinterdição pode ser um processo demorado. O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, criticou a demora do governo para liberar essas propriedades, mesmo após ter sido sanado o problema da contaminação dos animais, enquanto outras são liberadas com rapidez, como aconteceu com as instalações olímpicas de Deodoro, no Rio de Janeiro, onde um cavalo foi diagnosticado com Mormo. (CAIADO) “É muito difícil para nós entendermos dois pesos e duas medidas na análise. Complexo Deodoro ele foi liberado em pouco mais de trinta dias. E as outras propriedades rurais estão sendo interditadas há anos. Nós temos aqui proprietários de haras que quebraram, estão falidos”. (Iara): O que define se a propriedade pode ser liberada ou não são os exames laboratoriais feitos nos animais. Porém, esses exames podem dar resultados falso negativo ou positivo. Para que os resultados sejam seguros, o presidente da Associação Brasileira dos Médicos Veterinários de Equídeos, Rui Vincenzi, defendeu a padronização dos procedimentos. (VINCENZI) “Essa dança de resultados que a gente tem em positivo-negativo. O ideal seria termos reagentes iguais, tanto na rede credenciada particular como na rede oficial, tanto do reagente, dos antígenos, das técnicas, se é a frio ou a quente. Talvez a padronização seja um dos fatores que vai eliminar esse problema do positivo-negativo”. (Iara): Tem a mesma opinião o senador Waldemir Moka, do PMDB do Mato Grosso do Sul. (MOKA) “Se tivermos um critério, e o critério utilizado sempre for o mesmo, com padrões, vamos ter credibilidade e confiança”. (Iara): O representante do Ministério da Agricultura, Leandro Carvalho, explicou que o fim da interdição das propriedades obedece a um processo e a demora depende de cada caso. O senador Caiado sugeriu uma parceria entre produtores, órgãos técnicos e o Ministério da Agricultura para dar celeridade à liberação das propriedades. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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