Projeto impede que governo use reservas cambiais para pagar despesas do Orçamento ou financiar empréstimos
O governo não poderá usar as reservas cambiais brasileiras para pagar despesas do orçamento ou financiar empréstimos a empresas públicas ou privadas. É o que prevê uma proposta (PLS nº 131/2016) do senador Ricardo Ferraço (PSDB – ES), que também apresentou projeto (PLS nº 125/2016) para impedir as chamadas pedaladas fiscais.
Transcrição
LOC: O GOVERNO NÃO PODERÁ USAR AS RESERVAS CAMBIAIS BRASILEIRAS PARA PAGAR DESPESAS DO ORÇAMENTO OU FINANCIAR EMPRÉSTIMOS A EMPRESAS PÚBLICAS OU PRIVADAS.
LOC: É O QUE PREVÊ UMA PROPOSTA DO SENADOR RICARDO FERRAÇO, QUE TAMBÉM APRESENTOU PROJETO PARA IMPEDIR AS CHAMADAS PEDALADAS FISCAIS. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
TÉC: As reservas internacionais brasileiras mantidas no Banco Central são uma espécie de poupança. Elas garantem que o país tem condições de pagar suas dívidas com credores nacionais e estrangeiros. Em 2002 as reservas não chegavam a 40 bilhões de dólares. Atualmente estão na casa dos 370 bilhões de dólares. Por conta da pior recessão econômica na história do país, algumas correntes políticas passaram a defender o investimento de pelo menos parte dessas reservas em projetos que ajudem a retomar o crescimento da economia. O senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, é contra essa solução. A legislação existente hoje já cria limites a esse uso das reservas, mas o senador capixaba apresentou um projeto deixando mais clara ainda a separação entre recursos do país e aqueles que o governo pode investir ou usar para amortizar a dívida pública.
(Ferraço ) O nosso projeto tem o sentido de estabelecer critério, limite na relação do Tesouro Nacional com o Banco Central.
(Floriano) Ferraço apresentou outra proposta para também tornar ainda mais explícita a proibição das chamadas pedaladas fiscais. Ela prevê novos limites nas transferências do Banco Central para o Tesouro Nacional. Ferraço explicou que o descontrole das contas públicas também foi causado por transferências de recursos entre bancos públicos e o Tesouro Nacional.
(Ferraço) Ainda que a lei proibisse, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil acabaram pagando contas que são do tesouro.
(Floriano) Os dois projetos estão na Comissão de Assuntos Econômicos para receber emendas. Da Rádio Senado, Floriano Filho.
PLS 125 e 131/2016