CPI do assassinato de jovens discute racismo e violência institucional contra jovens negros — Rádio Senado
CPI do assassinato de jovens

CPI do assassinato de jovens discute racismo e violência institucional contra jovens negros

16/11/2015, 19h32 - ATUALIZADO EM 16/11/2015, 19h32
Duração de áudio: 02:03
Sala de comissões do Senado durante a Comissão Parlamentar de Inquérito CPI Assassinato de Jovens Negros
Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Ana Volpe/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS DISCUTIU NESTA SEGUNDA-FEIRA O RACISMO E A VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL CONTRA JOVENS NEGROS. LOC: TEMAS COMO A OPERACIONALIZAÇÃO DAS LEIS JÁ VIGENTES, O SISTEMA SOCIO-EDUCATIVO E A PREPARAÇÃO DE CENAS POLICIAIS FORAM TRAZIDAS PELOS PARTICIPANTES. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Na semana da Consciência Negra, a CPI do Assassinato de Jovens falou de racismo e da violência cometida por funcionários e órgãos governamentais contra jovens negros. O Fundador do Coletivo de Entidades Negras na Bahia, Marcus Correia, afirmou que a ‘guerra às drogas’ é usada como argumento para justificar o assassinato de jovens negros no Brasil. Enquanto crimes de tráfico muitas vezes cometidos por pessoas brancas passam impunes. (Marcus Correia) “A tradição brasileira com os negros é uma tradição de aviltamento, desrespeito e genocídio. Em 2010, segundos os dados da violência pública, morreram aqui no Brasil, 49.932. Dessas, 74,6% eram jovens negros.” (Repórter) Jorge Arruda, do Programa do combate ao Racismo do Recife, falou sobre a violência institucional nas escolas, que começa desde a seleção do material didático. (Jorge Arruda) “Um pacote de livros, pode mandar para uma escola, se tiver um diretor for agnóstico ou muito racista ou de outra tradição religiosa, ele joga fora os livros. É preciso que o MEC veja e reveja isso. Porque eu já vi o diretor dizer ‘aqui eu não quero esse livro’.” (Repórter) Para o vice-presidente da CPI, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, a redução da violência policial é um ponto central para a resolução do problema. (Paulo Paim) “Isso mostra o quanto nós temos que reeducar e dar nova formação para aqueles que fazem a segurança pública para que na caminhada se entenda que aquela frase conhecida não pode ser verdadeira: ‘negro parado é suspeito, correndo é culpado’. (Repórter) O relator da CPI, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, também participou da audiência interativa. A próxima reunião da CPI do Assassinato de Jovens está marcada para esta sexta-feira e vai acontecer em Lauro de Freitas, na Bahia.

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