Ex-funcionário do HSBC diz que número de contas de brasileiros na Suiça é muito maior do que o divulgado — Rádio Senado
CPI do HSBC

Ex-funcionário do HSBC diz que número de contas de brasileiros na Suiça é muito maior do que o divulgado

25/08/2015, 19h59 - ATUALIZADO EM 25/08/2015, 19h59
Duração de áudio: 01:52
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: O EX-FUNCIONÁRIO DO HSBC NA SUÍÇA, HERVÉ FALCIANI, AFIRMA À CPI QUE O NÚMERO DE CONTAS DE BRASILEIROS NO BANCO EM GENEBRA É MUITO SUPERIOR ÀS 8 MIL E 600 JÁ DIVULGADAS. LOC: COM O DEPOIMENTO E A COLABORAÇÃO DE FALCIANI (FALCIANÍ), A CPI GANHA NOVO FÔLEGO E DEVE TER SEU PRAZO PRORROGADO. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Por meio de uma teleconferência, Hervé Falciani afirmou aos senadores da comissão que a lista com os cerca de 8 mil e 600 correntistas brasileiros que movimentaram contas na filial do banco na Suíça é muito mais ampla, inclusive por haver a participação de laranjas e advogados que operam em nome de outros brasileiros. Ele se dispôs a colaborar com a CPI e compartilhar a lista dos nomes de brasileiros, desde que a comissão firme um acordo de cooperação por meio de seus advogados. Falciani afirmou que já colabora com países como Argentina, França, Espanha e Bélgica. Ele disse ainda que nunca foi procurado por nenhuma autoridade brasileira, com exceção da CPI. Para o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, o depoimento leva a CPI a ganhar um novo fôlego. (Randolfe Rodrigues) O senhor Falciani se colocou inteiramente à disposição como colaborador que é. E mais, deixa rubro de vergonha o Brasil se nós não dermos sequência a isso. Porque ele mesmo disse eu estou colaborando com a França, Espanha, Argentina e com a Bélgica. (Repórter) Ao responder um questionamento do senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, o ex-funcionário do HSBC afirmou que até o momento nenhuma autoridade questionou a veracidade de suas informações. Para o relator da CPI, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, já que as autoridades francesas não compartilharam as informações com a comissão, o caminho é firmar o acordo de cooperação com Hervé Falciani. (Ricardo Ferraço) Nós vamos propor um grupo de trabalho que seja constituído por profissionais que sejam especialistas neste tema e esse grupo poderá nos ajudar na elucidação dessas informações. (Repórter) A CPI volta a se reunir no dia 2 de setembro para votar requerimento de prorrogação dos trabalhos por pelo menos mais 90 dias.

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