Renan critica ajuste fiscal e defende que governo corte gastos — Rádio Senado
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Renan critica ajuste fiscal e defende que governo corte gastos

20/07/2015, 11h18 - ATUALIZADO EM 20/07/2015, 11h18
Duração de áudio: 02:36
Jane de Araújo / Agência-Senado

Transcrição
LOC: DURANTE O DISCURSO DE BALANÇO DO PRIMEIRO SEMESTRE LEGISLATIVO, O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, CRITICOU AS MEDIDAS DE AJUSTE FISCAL DO GOVERNO FEDERAL. LOC: PARA ELE, GOVERNO PRECISA CORTAR GASTOS. RENAN PREVÊ UM SEGUNDO SEMESTRE DIFÍCIL PARA O CONGRESSO NACIONAL, COM DIFICULDADES NA ECONOMIA, ANÁLISE DE VETOS, CPIS E LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL DAS ESTATAIS. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, fez duras críticas às medidas de ajuste fiscal, enviadas pelo governo ao Congresso Nacional no primeiro semestre. Na opinião dele, as medidas são insuficientes e os resultados são aquém ao prometido. (RENAN) Ele é insuficiente, tacanho e até aqui quem pagou a conta foi o andar de baixo. Este ajuste sem crescimento econômico é cachorro correndo atrás do rabo, circular, irracional, e não sai do lugar. (PAULA) Para Renan, é necessário cortar, também, nos gastos da máquina pública. (RENAN) É preciso cortar. Cortar ministérios, cortar cargos comissionados, enxugar a máquina pública e ultrapassar de uma vez por todas a prática superada da boquinha e do apadrinhamento. Não vamos concordar com a asfixia da sociedade, enquanto o governo continuar perdulário e não altera sua postura diante das cobranças para diminuir gastos. (REPÓRTER) O presidente do Senado observou que o país passa por um momento difícil de inflação, desemprego e juros acima dos dois dígitos. Renan antecipou que, neste segundo semestre, o Congresso vai estar concentrado em agendas sensíveis, dificuldades na economia, análise de vetos, CPIs e a Lei de Responsabilidade Fiscal das Estatais. (RENAN) Não diria que será um agosto ou setembro negro, mas serão meses nebulosos, com a concentração de uma agenda muito pesada. Cabe a todos nós resolvê-la. (RENAN) O presidente destacou ainda que a disposição do Congresso é de colaboração, mas que este sentimento não pode ser confundindo com submissão ou omissão do Parlamento. Renan Calheiros também comentou sobre as denúncias da Operação Lava Jato, afirmando que as relações dele com diretores e presidentes de empresas públicas nunca ultrapassaram o limite institucional. Ele disse ainda que aguarda a investigação para exercer o contraditório. (RENAN) A investigação técnica, isenta, vai mostrar tudo que venho reiterando desde o primeiro dia. Não tenho nenhuma relação com o que está sendo investigado. (REPÓRTER) Renan Calheiros declarou que na presidência do Senado terá a total isenção que o cargo exige e que a Casa sempre guardará pela liberdade de expressão em qualquer circunstância. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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