Congresso é relevante para política externa, dizem convidados — Rádio Senado

Congresso é relevante para política externa, dizem convidados

LOC: OS RUMOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA FORAM TEMA DE DEBATE NESTA QUINTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. 

LOC: PARTICIPARAM DA AUDIÊNCIA PÚBLICA O EMBAIXADOR SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES E O JORNALISTA WILLIAM WAACK, QUE DESTACARAM A IMPORTANCIA DA ATUAÇÃO DO CONGRESSO EM QUESTÕES DE POLÍTICA EXTERNA. REPÓRTER NARA FERREIRA. 

(Repórter) O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que foi secretário-geral do Itamaraty durante o governo Lula, destacou que a base da política externa brasileira está na sua posição geográfica. Por isso, a importância da integração regional, que segundo ele, avançou muito nos últimos anos com a criação da Unasul, por exemplo. Ele destacou também o relacionamento com a África, pelo papel na formação cultural e social do povo brasileiro. Mas reconheceu que o país mais relevante nas relações exteriores do Brasil são os Estados Unidos, pelo protagonismo daquela potência no cenário internacional. E disse que o futuro do Mercosul depende da China 

(SAMUEL) O futuro do mercosul depende muito do que conseguir fazer em relação à China, se conseguirmos engajar a China num processo de apoio à industrialização no Brasil, e o Brasil não ser apenas o Brasil um importador de matérias primas para a China. 

(Repórter) Já o jornalista William Waack ressaltou que é preciso avaliar quais as vantagens para o Brasil na aproximação com a China. Disse que o Brasil vem se isolando no cenário mundial, com uma economia que, segundo ele, está “aquém” da posição que poderia assumir. 

(WAACK) Gostaria que meu país em termos de Pib per capita ficasse mais próximo do Pib per capita americano e não distanciando. Se eles estão em crise e o pib per capita deles hoje relativo ao pib per capita do brasileiro é maior ainda, alguma coisa deu errado para nós. Em termos relativos estamos mais pobres. Isso é em função também das opções de política externa 

(Repórter) O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, que propôs o debate, afirmou que o Brasil relegou a política externa brasileira a questões ideológicas 

(TASSO) isso está muito claro em relação à política com a Venezuela e outros países.  

(Repórter) Já o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, citou como verdadeira ameça hoje o que chamou de avanço brutal do capital financeiro contra o estado social 

(REQUIÃO) estamos cedendo no Brasil às exigências do capital financeiro e estamos esquecendo de um projeto nacional. 

(Repórter) Tanto Samuel Pinheiro quanto William Waack concordaram com a necessidade de maior atuação do Congresso nas decisões de política externa. Repórter Nara Ferreira.
11/06/2015, 02h49 - ATUALIZADO EM 11/06/2015, 02h49
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