Inflação deve cair a partir de abril e voltar à meta em 2016, diz Tombini — Rádio Senado

Inflação deve cair a partir de abril e voltar à meta em 2016, diz Tombini

LOC: A INFLAÇÃO DEVE CAIR A PARTIR DE ABRIL E VOLTAR À META DE QUATRO E MEIO POR CENTO AO ANO NO FINAL DE 2016. 

LOC: A PREVISÃO FOI FEITA NO SENADO PELO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ALEXANDRE TOMBINI, QUE QUALIFICOU 2015 COMO UM ANO DE TRANSIÇÃO PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO DA ECONOMIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.  

TÉC: O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que as recentes medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo são importantes e necessárias e classificou 2015 como um ano de transição na economia, para permitir a retomada do crescimento em 2016. Ele explicou aos senadores que a economia mundial está em recuperação, impulsionada principalmente pelos Estados Unidos, o principal motivo da valorização do dólar. Com uma inflação de aproximadamente 8 por cento nos últimos 12 meses, Tombini atribuiu a recente alta dos preços ao fortalecimento da moeda americana e aos reajustes nos combustíveis, na tarifa de ônibus e nas contas de água e luz. Para Tombini, a inflação deve cair a partir do mês que vem e voltar ao centro da meta em 2016. 

(Tombini) Já a partir de abril deveremos observar a inflação mensal bem inferior aos primeiros três primeiros meses do ano. Por fim, irei me dedicar a condução da política monetária para que a inflação medida pelo IPCA convirja para o centro da meta em 2016. 

(REPÓRTER) Já os senadores da oposição criticaram a atuação do Banco Central nos últimos meses. O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado, de Goiás, questionou a independência do BC em relação ao governo. 

(Caiado) O BC não está preocupado em monitorar ou resguardar nossa economia e da moeda brasileira, da inflação e da taxa de juros. E Banco Central que devia ser uma entidade independente no dois dias depois da campanha, dois dias depois do segundo turno, é que aí ela descobriu que a gasolina, o transporte e a taxa Selic não podia ser mais aquele preço. Isso é indefensável. 

(REPÓRTER) A a senadora Gleisi Hoffman, do PT do Paraná, justificou que o Banco Central atuou de acordo com as circunstâncias e o governo buscou proteger a população. 

(Gleisi) O governo absorveu enquanto pode o custo disto para minimizar o impacto sobre a população. Só decidiu mudar isto quando não era possível absorver mais no orçamento. Nós respondemos a uma situação externa mas mantivemos aqui o emprego e a renda da população. 

(REPÓRTER) Na próxima terça-feira, a Comissão de Comissão de Assuntos Econômicos deve discutir o ajuste fiscal e o cenário econômico com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
24/03/2015, 01h48 - ATUALIZADO EM 24/03/2015, 01h48
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