Banco Central sobe a taxa de juros para 11,75% ao ano — Rádio Senado

Banco Central sobe a taxa de juros para 11,75% ao ano

LOC: O BANCO CENTRAL ELEVOU A TAXA BÁSICA DE JUROS EM MEIO PONTO, PASSANDO DE 11,75% PARA 12,25% AO ANO. ESTA É A TERCEIRA ALTA SEGUIDA DA SELIC, QUE ATINGE O MAIOR PATAMAR DOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS. 

LOC: NA OPINIÃO DE SENADORES, O AUMENTO PREOCUPA NESTE MOMENTO DE DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA. REPÓRTER FRANCISCO COELHO. 

TÉC: Com o objetivo de barrar a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária, o Copom, decidiu elevar em meio ponto percentual a taxa básica de juros. Essa é a terceira alta seguida da Selic, que serve de referência para os demais índices da economia brasileira. A ideia do Banco Central é controlar o crédito e o consumo e, assim, segurar a inflação. A Selic é utilizada em financiamentos e, com a sua elevação, a expectativa é que as compras parceladas caiam. Com preços maiores, a procura fica reduzida e assim os valores tendem a cair. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, esse aumento preocupa, já que o poder de compra do brasileiro vai ficar menor. 

(Paim’) Nós estamos em uma situação de espera, mas em estado de alerta. Eu sou daqueles que entende que não é a taxa de juros que vai resolver o problema da inflação. Inflação é uma questão de demanda, uma questão de padrão de consumo e nós temos que estar preparados para termos um mercado aquecido e ao mesmo tempo garantindo o poder de compra da população. 

(Repórter) O Banco Central usa a taxa para manter a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, dentro da meta. Em 2014, o IPCA ficou em 6,41 por cento, bem próximo da meta de seis e meio por cento. O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, disse que a medida vai aumentar as dificuldades fiscais do Governo. 

(Aloysio) Eu acho que essa medida vai provocar mais recessão. O crescimento econômico do Brasil não existe. O PIB deverá escorregar junto ao chão cerca de menos de 1%, além do mais a alta da taxa de juros vai contribuir para aumentar as dificuldades fiscais. Não nos esqueçamos de que a dívida interna do Governo é remunerada pela a taxa de juros da Selic. 

(Repórter) A próxima reunião do Copom está marcada para março.
22/01/2015, 05h43 - ATUALIZADO EM 22/01/2015, 05h43
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