Proposta de fiscalização da CBF não é intervenção federal, diz Randolfe — Rádio Senado

Proposta de fiscalização da CBF não é intervenção federal, diz Randolfe

LOC: O PROJETO DE LEI QUE PODE SUBMETER A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL À FISCALIZAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO NÃO É UMA INTERVENÇÃO ESTATAL. 

LOC: É O QUE PENSA O RELATOR DO PROJETO, SENADOR RANDOLFE RODRIGUES, DO PSOL DO AMAPÁ. ELE FALOU SOBRE A PROPOSTA PARA O PROGRAMA CONEXÃO SENADO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: O projeto de lei aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado quer estabelecer um novo modelo para a Confederação Brasileira de Futebol e federações estaduais. A CBF teria que prestar contas ao TCU; informar à autoridade monetária trimestralmente todas as operações financeiras com o exterior; e informar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Coaf, as operações financeiras acima de 5 mil reais. O projeto prevê ainda que todos os contratos da CBF deverão ser públicos e colocados na Internet e a entidade seria auditada pela Receita Federal. O autor da proposta, senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, diz que como o futebol recebe recursos públicos por meio de incentivos fiscais ou patrocínios de estatais, nada mais justo do que aumentar a fiscalização sobre a Confederação e federações. O relator do projeto, senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, defendeu a medida no programa Conexão Senado, da Rádio Senado. E aproveitou para rebater as críticas de que seria uma intervenção do estado numa atividade privada. 

(RANDOLFE): O que queremos é dar instrumentos de transparência para essa atividade. Que há mais de 40 anos é dirigida pelo mesmo valhacouto de corruptos. Que levou lamentavelmente nosso futebol para a maior lama e podridão. Não se trata de intervenção estatal, se trata na verdade de dar a ela instrumentos de transparência e fiscalização. Não vamos colocar um interventor do estado na CBF, vamos dar instrumentos de fiscalização para que as contas da CBF tenham de fato transparência. 

(REPÓRTER): Quem não cumprir a lei ficará proibido de receber qualquer benefício dos governos Federal, estaduais ou municipais, além de recursos das loterias federais. Antes de seguir para a Câmara, a matéria passará pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.
08/08/2014, 11h50 - ATUALIZADO EM 08/08/2014, 11h50
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