Comissão debate baixa aplicação da lei da alienação parental — Rádio Senado

Comissão debate baixa aplicação da lei da alienação parental

LOC: A FALTA DE CONHECIMENTO DA SOCIEDADE E A IGNORÂNCIA DOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE FORAM ALGUMAS DAS RAZÕES CITADAS PARA A BAIXA APLICAÇÃO DA LEI DA ALIENAÇÃO PARENTAL. 

LOC: EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CDH, ADVOGADOS, PSICÓLOGOS E PSIQUIATRAS EXPLICARAM QUE ALGUNS INDÍCIOS DA SÍNDROME SÃO DETECTADOS ANTES MESMO DA SEPARAÇÃO DOS PAIS. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. 

TÉC: A síndrome da alienação parental é o nome dado ao distúrbio que aparece quase sempre na disputa da guarda da criança: o pai ou a mãe desqualifica o outro para o filho. Apesar da descrição tratar do processo que acontece durante a separação, especialistas alertam que algumas atitudes dos pais mesmo durante o casamento já podem ser consideradas indícios da alienação, como explicou a pesquisadora Esmeralda Roberto de Souza Lima. 

(Esmeralda) A partir do momento em que acaba o diálogo entre seus pares, vamos ficar atentos porque a alienação parental existe… e o que ocorre depois da separação é que ela eclode, diz “cheguei”. Ela acontece na relação está lá de maneira implícita, todos os valores. 

(REPÓRTER) A lei pune os pais que fazem campanha de desqualificação da conduta do outro genitor, dificultam o exercício da autoridade parental e o contato com aquele que não tem a guarda, atrapalham o direito regulamentado de convivência familiar e omitem, deliberadamente, informações relevantes sobre a criança ou o adolescente, inclusive sobre a escola e a saúde. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que a lei da alienação parental já completou três anos, mas os casos ainda persistem. 

(Paulo Paim) Com 3 anos de existência e divulgação em massa, em TV sites revistas e redes sociais, o problema ainda continua e é muito forte.

(REPÓRTER) Os expositores alertaram que o pai ou a mãe que são os atores da alienação parental apresentam traços psicológicos comuns, como ciúme doentio, distúrbios de comportamento, personalidade perversa e, muitas vezes, eles mesmos foram vítimas da síndrome quando crianças. Diversos cidadãos participaram do debate pelos canais de comunicação do Senado federal, como o e-cidadania. Eles sugeriram campanhas permanentes sobre o tema e o esclarecimento do Judiciário sobre os malefícios da prática para o desenvolvimento das crianças, que ficam mais propensas à depressão e ao abuso de álcool e drogas.
09/09/2013, 02h12 - ATUALIZADO EM 09/09/2013, 02h12
Duração de áudio: 02:12
Ao vivo
00:0000:00