Programa que leva jovens médicos para interior do país completa um ano — Rádio Senado

Programa que leva jovens médicos para interior do país completa um ano

LOC: O PROGRAMA DE INCENTIVO À OFERTA DE MÉDICOS NO INTERIOR DO BRASIL FOI ALTERADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA ESTIMULAR A PRESENÇA DESSES PROFISSIONAIS EM ÁREAS CARENTES E NAS PERIFERIAS DAS GRANDES CIDADES.  

LOC: O SALÁRIO DOS MÉDICOS PARTICIPANTES SERÁ PAGO INTEGRALMENTE PELO GOVERNO FEDERAL E NÃO PELOS MUNICÍPIOS. A DIFICULDADE DE ATENDIMENTO À SAÚDE NO INTERIOR DO BRASIL FOI TEMA FREQUENTE NOS DISCURSOS PARLAMENTARES EM 2012. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: O programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, Provab, completou um ano. O objetivo é fixar médicos no interior, em áreas carentes desses profissionais e nas periferias das grandes cidades. Mas segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Agência Brasil, das duas mil vagas abertas para atuação na saúde básica, menos de quatrocentas foram preenchidas. A baixa procura levou o Ministério da Saúde a mudar algumas regras. Agora, o salário desses profissionais será pago integralmente pelo Governo Federal e não pelos municípios. Os médicos que se inscreverem no programa terão que trabalhar durante um ano na cidade escolhida e deverão receber uma bolsa de 8 mil reais. Segundo o Ministério da Saúde, a baixa adesão estaria relacionada ao número insuficiente de profissionais no Brasil. Mas para o Conselho Federal de Medicina a proporção atual, de 1,9 para cada grupo de mil pessoas é adequada e o que existe é uma má distribuição dos profissionais. Em homenagem ao Dia dos Médicos no plenário, em outubro, o senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, destacou o desequilíbrio na oferta de médicos no País e defendeu melhores condições de trabalho. 

(MOZARILDO) nos lugares mais carentes, não há as condições de trabalho. Mesmo que o médico seja mais bem pago, ele não tem como exercer a profissão direito. Ou não tem hospital, ou tem hospital precário; a maioria dos prefeitos, em vez de construírem um posto de saúde ou um hospital, compram ambulâncias. Para quê? Para, quando a coisa complicar, mandar para o Município vizinho ou mandar para a capital. Na verdade, por que eles fazem isso? É por malvadeza? Não. É porque não têm recursos para aplicar na construção e na manutenção de hospital, de posto de saúde etc. 

(REP) Pelo programa do Ministério da Saúde, o médico que trabalhar em uma das mais de duas mil cidades com carência na atenção básica à saúde recebe também abatimento das dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies.
28/12/2012, 11h11 - ATUALIZADO EM 28/12/2012, 11h11
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