Texto final da Conferência da ONU não deve sofrer alterações — Rádio Senado

Texto final da Conferência da ONU não deve sofrer alterações

LOC: O TEXTO FINAL DA RIO + 20 NÃO DEVE SOFRER ALTERAÇÕES. FOI O QUE AFIRMOU O LÍDER DAS NEGOCIAÇÕES EM NOME DO BRASIL, EMBAIXADOR LUIZ ALBERTO FIGUEIREDO.

LOC: ELE CONSIDERA INCOERENTE CRITICAR A FALTA DE AMBIÇÃO DO DOCUMENTO SEM APRESENTAR FORMAS DE FINANCIAMENTO PARA AS AÇÕES DE PRESERVAÇÃO. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER LEILA HERÉDIA: 

(Repórter) O secretário-executivo da Comissão Nacional para a Rio mais vinte, Luiz Alberto Figueiredo, que liderou as negociações para redação do texto a ser levado ao segmento de alta cúpula, não acredita que vão ocorrer alterações no documento até esta sexta-feira, último dia da Conferência das Nações Unidas. Na avaliação de Figueiredo, a negociação já foi concluída pelos países e o teor será ratificado pela conferência. Ele ainda destacou que é incoerente pedir mudanças sem propor formas de financiamento.
 
(Luiz Alberto Figueiredo) Não se pode exigir ambição de ação se não existe ambição de financiamento. Quem exige ambição de ação e não põe dinheiro sobre a mesa está sendo pelo menos incoerente. Pelo menos, incoerente. Figueiredo respondeu às declarações do presidente da França, François Hollande, que disse estar decepcionado com o texto final e com a ausência de propostas para ampliar o financiamento de projetos ambientais. A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira concordou com o embaixador brasileiro e ainda comentou que há contradições que precisam ser observadas. Citou, como exemplo, o fato de a África do Sul colocar 2 bilhões de dólares no FMI para, em suas palavras, ajudar os europeus.

(Izabella Teixeira) Essas contradições tem que ser expostas. Uma coisa é chegar e dizer: vou colocar dinheiro. Outra coisa é dizer que precisava melhorar meios de implementação. Tem muita coisa que precisa ser feita. Agora, houve dificuldade sim para que países desenvolvidos alocassem recursos, cumprindo aquilo que deveria ter sido feito desde 1992. Izabella ainda acrescentou que o Brasil insistiu para que os direitos reprodutivos das mulheres fossem incluídos, o que acabou não acontecendo. Entre às principais críticas ao documento estão, ainda, questões como a ausência de detalhes e de cronogramas, com metas, para resolver problemas como o de produção e consumo insustentável.
21/06/2012, 01h18 - ATUALIZADO EM 21/06/2012, 01h18
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