Mundo está vulnerável a ataques cibernéticos, afirmam especialistas — Rádio Senado

Mundo está vulnerável a ataques cibernéticos, afirmam especialistas

LOC: O MUNDO TODO ESTÁ VULNERÁVEL A CRIMES TRANSNACIONAIS E A ATAQUES CIBERNÉTICOS E AS NAÇÕES PRECISAM SE UNIR PARA INTENSIFICAR ESSE COMBATE. 

LOC: A CONCLUSÃO É DE ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA SEGUNDA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:  

(Repórter) Tráfico internacional de drogas e conseqüente lavagem de dinheiro, terrorismo, ataques virtuais e outras modalidades criminosas que ultrapassam fronteiras estão entre as principais preocupações do planeta. E essa é uma batalha permanente, garantiram especialistas. O general José Carlos dos Santos, do Centro de Defesa Cibernética do Exército, destacou que o mundo virtual é considerado em muitos países como um espaço de guerra, como o ar, a terra e o mar. O general citou exemplos de interferências, inclusive alguns em que estados nacionais são os maiores suspeitos: 

(José Carlos dos Santos) O caso mais emblemático é o do vírus conhecido como stucks net, responsável pelo no mínimo atraso do programa nuclear do Irã, em que foram implantadas na ultra centrífuga um código malicioso que danificou aquelas centrífugas. 


(Repórter) O professor da UnB, Jorge Henrique Fernandes, foi além, afirmou que nenhum sistema é totalmente seguro e que o poder público é mais vulnerável, uma vez que os talentos no setor costumam ser recrutados pela iniciativa privada, que paga melhores salários. Outra preocupação é com os grupos considerados extremistas, que agem motivados por suas bandeiras e que envolvem principalmente jovens. O especialista em inteligência, crime organizado e terrorismo, Márcio Buzanelli, se disse pessimista sobre o assunto: 

(Márcio Buzzanelli) É uma ameaça difusa que tende a se manter. Não vemos no horizonte próximo nenhuma possibilidade de supressão das causas políticas e culturais, como a islamofobia, o preconceito irracional a fazer que o terrorismo deixe de se apresentar como ameaça. 

(Repórter) A audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado também tratou da lavagem de dinheiro operada pelo tráfico internacional de drogas, um assunto que, para o representante do Escritório das Nações Unidas para o Crime, Bo Stenfeldt Mathiasen, deve ser tratado em conjunto pelos países sul-americanos. Quanto ao Brasil, o especialista foi claro em sugerir cuidado especial com as fronteiras, a exemplo do que os Estados Unidos fazem com o México.
09/04/2012, 10h09 - ATUALIZADO EM 09/04/2012, 10h09
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