Acesso à educação é insuficiente e desigual, afirma Randolfe Rodrigues — Rádio Senado

Acesso à educação é insuficiente e desigual, afirma Randolfe Rodrigues

LOC: O ACESSO À EDUCAÇÃO NO BRASIL É INSUFICIENTE E DESIGUAL. A AFIRMAÇÃO É DO SENADOR RANDOLFE RODRIGUES, DO PSOL DO AMAPÁ. 

LOC: PARA ELE, O PAÍS PRECISA RESOLVER ESSE PROBLEMA SE QUISER SE TRANSFORMAR EM UMA POTÊNCIA MUNDIAL. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES:  

TÉC.: Randolfe Rodrigues afirmou que ainda existem 14 milhões de brasileiros analfabetos e que quatro milhões de crianças e jovens, entre quatro e dezessete anos, estão fora da escola. Para ele, tão grave quanto estes dados, é a desigualdade no acesso à Educação nas diferentes regiões brasileiras. Segundo informações do Ministério da Educação, apresentados pelo senador, enquanto nas regiões Sul e Sudeste praticamente não existam mais jovens e crianças que não sabem ler e escrever, nas regiões Norte e Nordeste os índices são bem diferentes. 

(Randolfe): 23% das crianças do Amapá chegam aos oito anos sem saber ler. No Maranhão, esse percentual é de 34%; no Pará, esse percentual é de 32,2%. Enquanto isso, esse percentual no Paraná, por exemplo, é de 3%. 

(REPÓRTER): Raldolfe citou ainda a qualidade do ensino no País como um entrave para o desenvolvimento da Nação. Ele lembrou que as crianças brasileiras chegam ao quinto ano do ensino fundamental sem saber ler corretamente e sem dominar as quatro operações básicas da Matemática. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, concorda com Randolfe. Para ele o Brasil só vai mudar de patamar quando fizer da Educação uma prioridade. Viana lembrou que hoje no País as Prefeituras são responsáveis pela educação das crianças, o Estado dos jovens e a União pela formação superior o que, na avaliação dele, é um erro.

(Jorge Viana): Acho que nós precisamos de uma atitude diferenciada, para cuidarmos do mais importante todos juntos. Então, para mim as crianças têm de ser obrigação do Governo Federal, do Governo Estadual e, obviamente, das prefeituras onde elas vivem; mas só as prefeituras cuidando daquilo que temos de mais precioso não vai fazer com que o Brasil dê um salto de qualidade. O País não vai mudar de patamar, como queremos. 

(REPÓRTER): O Senador Jorge Viana disse ainda acreditar que o atual ministro Aloísio Mercadante fará um trabalho capaz de promover as tão sonhadas mudanças na Educação brasileira.
12/03/2012, 01h14 - ATUALIZADO EM 12/03/2012, 01h14
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