Mercadante defende a continuidade do Enem — Rádio Senado

Mercadante defende a continuidade do Enem

LOC: O MINISTRO DA EDUCAÇÃO, ALOIZIO MERCADANTE, FALOU NO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA SOBRE OS PRINCIPAIS PROJETOS DO MINISTÉRIO. 

LOC: O MINISTRO ESTEVE NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ONDE PEDIU A APROVAÇÃO DO P-N-E, FALOU SOBRE O PISO NACIONAL DOS PROFESSORES E O ENEM. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: (Aloizio Mercadante2) Qual é o desafio no Enem? Primeiro, o MEC não tem culpa do Brasil ser tão grande e tão diverso. Mas é. Quer dizer, não é fácil fazer um exame para 5 milhões e 400 mil alunos, que é o que nós tivemos na última inscrição. No mesmo dia, são 140 mil salas de aula, 400 mil pessoas trabalhando no mesmo dia, tem que ter sigilo absoluto do processo. 

(Repórter) Mesmo admitindo as dificuldades que o Exame Nacional do Ensino Médio enfrenta desde a sua criação, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a continuidade da avaliação, com o aperfeiçoamento do exame. Outra meta do ministério é a aprovação, ainda no primeiro semestre, do Plano Nacional de Educação, que tem como diretrizes principais erradicar o analfabetismo, universalizar o atendimento escolar, melhorar a formação profissionalizante e valorizar os professores. O ministro defendeu o valor adotado como piso nacional da educação como uma das formas de valorização. 

(Aloizio Mercadante) É um reajuste forte, 22,22%, foi pra 1451 reais este ano. Evidente que é um esforço muito grande para os estados e prefeituras, não há que se negar. Agora, se nós não tivermos um piso, se nós não valorizarmos os professores, nos não vamos resolver o problema da educação no Brasil a médio prazo. Como é que você vai motivar os melhores jovens pra ir pra educação se não for um processo de valorização salarial? 

(Repórter) O Plano Nacional de Educação obriga a União a investir 8% do PIB, o Produto Interno Bruto, na área. Fórmula que vem sendo questionada, como explicou o presidente da Comissão de Educação, senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná. 

(Roberto Requião) O PIB não tem muito a ver com a possibilidade de arrecadação do Estado. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos por uma economia. Isso não significa que reflita diretamente na possibilidade de arrecadação de impostos. Principalmente num país quer tem uma exportação fortíssima que se suporta na lei Kandir, que não dá nenhuma possibilidade de arrecadação. 

(Repórter) Mercadante sugeriu que o Congresso discuta a aplicação de um terço dos futuros lucros do pré-sal em educação, por um prazo mínimo de dez anos.
29/02/2012, 01h50 - ATUALIZADO EM 29/02/2012, 01h50
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