Não existe estudo do BC para mudar poupança, diz Tombini — Rádio Senado

Não existe estudo do BC para mudar poupança, diz Tombini

LOC: NÃO EXISTE ESTUDO NO BANCO CENTRAL PARA MUDAR A CADERNETA DE POUPANÇA. FOI O QUE GARANTIU NESTA TERÇA-FEIRA O PRESIDENTE DA INSTITUIÇÃO, ALEXANDRE TOMBINI.

LOC: EM AUDIÊNCIA NO SENADO, ELE TAMBÉM AFIRMOU QUE A ECONOMIA BRASILEIRA ESTÁ CRESCENDO MENOS DO QUE PODE. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

(REPÓRTER) O governo vai mudar a remuneração da caderneta de poupança, hoje baseada na variação da Taxa Referencial, a TR, mais seis por cento? A pergunta foi feita pelo senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos. Com base numa reportagem publicada pela imprensa, Ferraço quis saber se procede a notícia de que a mudança só valeria para novas contas, a fim de não despertar reclamações dos atuais poupadores. 

(SENADOR RICARDO FERRAÇO) Indago a Vossa Senhoria se Vossa Senhoria conhece este tema e se este tema de fato está sendo estudado pelo governo federal, pela equipe econômica, por julgar o absoluto interesse da população brasileira em relação ao tema. (REPÓRTER) Tombini foi tachativo na resposta. 

(ALEXANDRE TOMBINI / RICARDO FERRAÇO) Tombini: “No Banco Central não há estudo em relação a esse tema que Vossa Excelência coloca. Se no futuro for necessário, esse tema passará...” Ferraço: “Perdoe-me, quem coloca é o jornal O Globo, o jornal O Globo é que traz uma matéria hoje com muita ênfase.” Tombini: “Tá. Então, só para confirmar, não há estudo no momento no Banco Central sobre essa matéria.” 

(REPÓRTER) O presidente do Banco Central também fez uma espécie de fotografia da economia brasileira no atual cenário de crise em países da Zona do Euro. Para Alexandre Tombini, o Brasil está crescendo menos do que pode. 

(ALEXANDRE TOMBINI) Nos últimos três trimestres, incluindo este trimestre, o Brasil está crescendo abaixo do potencial. Não é por outra razão que o Banco Central vem ajustando a sua taxa de juros para baixo nesse período.

(REPÓRTER) Segundo Tombini, a economia brasileira deve fechar 2012 com um crescimento de três por cento, puxada principalmente pelo aumento da produção no segundo semestre. E a inflação, hoje na casa de seis por cento ao ano, caminha para chegar a dezembro em torno da meta de quatro e meio por cento. 
28/02/2012, 01h41 - ATUALIZADO EM 28/02/2012, 01h41
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