Comissão discute o endividamento das famílias brasileiras — Rádio Senado

Comissão discute o endividamento das famílias brasileiras

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DO SENADO DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA O ENDIVIDAMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONSEQUÊNCIAS FINANCEIRAS, SOCIAIS E ECONÔMICAS PARA O FUTURO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

(REPÓRTER): De acordo com o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, autor do requerimento que solicitou a audiência pública, o endividamento da população subiu de 14,6% em 2003, para 22,2% em abril de 2010, índice que considera alto, sobretudo para as classes de baixa renda. Cristovam diz que no momento os indicadores econômicos estão bem, mas ele vê alguns obstáculos para o crescimento sustentável da economia.

(CRISTOVAM): a situação está bem. mas quando analisa os tropeços que virão adiante, os obstáculos, é que eu digo que está mal. E um dos itens é o endividamento.

(REPÓRTER): Apesar de reconhecerem que muitas famílias estão sim, endividadas, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Vasconcelos Araújo e o representante da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu Gomes, disseram que o índice de endividamento ainda não é preocupante. Carlos Thadeu entretanto, sugeriu algumas medidas para evitar que a fatura do crédito caia muito pesada na população mais adiante. 

(CARLOS VASCONCELOS): talvez algum mecanismo regulatório que, passados 2, 3 meses de uma dívida vencida, o banco tivesse a compulsoriedade de renegociar essa dívida para evitar que isso virasse bola de neve.

(REPÓRTER): Já o consultor econômico Raul Velloso e o professor de economia da PUC do Rio de Janeiro, José Márcio Camargo, ressaltaram o pouco nível de investimento no País. E, segundo eles, a economia ensina que apenas com investimento o país continua se desenvolvendo. José Márcio Camargo explicou que se o país para de crescer, cai o emprego e o endividamento das famílias se torna um problema. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço. 

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS AINDA APROVOU SEIS EMENDAS AO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS PARA OS PRÓXIMOS QUATRO ANOS. UMA DELAS DETERMINA QUE O P-P-A ESTABELEÇA DE FORMA REGIONALIZADA DIRETRIZES PARA AS DESPESAS COM A ROLAGEM DA DÍVIDA PÚBLICA.
09/11/2011, 00h52 - ATUALIZADO EM 09/11/2011, 00h52
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