CDH ouvirá professores de idiomas indígenas sobre preservação dessas línguas
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS VAI OUVIR PROFESSORES DE IDIOMAS INDÍGENAS BRASILEIROS SOBRE O PROJETO QUE PREVÊ AÇÕES PARA PRESERVAR ESSAS LÍNGUAS.
LOC: O TEMA FOI DEBATIDO NESTA QUINTA-FEIRA PELA CDH. E O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE DEFENDE UMA AÇÃO RÁPIDA PORQUE MUITOS IDIOMAS CORREM O RISCO DE DESAPARECER. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: Y mãhen wuãnfã, hê tauyn fonipregtin. (REPÓRTER) Integrante da Comissão Nacional da Articulação dos Povos Indígenas, a kaingangue Rosane Mattos disse no seu idioma nativo que quer continuar aprendendo. E foi com esse objetivo que ela participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre o projeto que cria o Programa de Preservação de Idiomas Indígenas Brasileiros. O texto prevê, por exemplo, o ensino dessas línguas como disciplina facultativa nas escolas. Também sugere que emissoras públicas usem esses idiomas nas regiões em que eles são falados. Agora em bom português, Rosane Mattos disse aos senadores que a iniciativa é nobre, mas quer que outras pessoas sejam ouvidas. (ROSANE ¿ 16¿) Nós precisamos de um debate maior, não somente com os representantes das nossas organizações, mas os nossos professores indígenas que estão dentro de nossas comunidades dando aulas. Precisamos ouvir as dificuldades que eles têm hoje. (REPÓRTER) A CDH vai fazer outra audiência pública, dessa vez para ouvir os professores. O autor do projeto, senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, concorda que é preciso discutir mais a proposta. Mas ele espera que algo seja feito logo porque muitos dos cerca de 180 idiomas indígenas falados no território brasileiro correm risco de extinção. (CRISTOVAM ¿ 21¿) Nós gastamos provavelmente centenas de milhões, ou bilhões, para ensinar as pessoas a falar inglês, e é muito importante - para a pessoa. Mas não é importante para a humanidade ter mais uma pessoa falando inglês, ou francês, ou português. Agora, aprender um idioma indígena, que está em fase de desaparecer, é um serviço à humanidade inteira. (REPÓRTER) Estudos indicam que apenas 15 por cento das línguas indígenas brasileiras têm mais de mil falantes. E 24 por cento têm menos de 50 falantes.
LOC: O TEMA FOI DEBATIDO NESTA QUINTA-FEIRA PELA CDH. E O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE DEFENDE UMA AÇÃO RÁPIDA PORQUE MUITOS IDIOMAS CORREM O RISCO DE DESAPARECER. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: Y mãhen wuãnfã, hê tauyn fonipregtin. (REPÓRTER) Integrante da Comissão Nacional da Articulação dos Povos Indígenas, a kaingangue Rosane Mattos disse no seu idioma nativo que quer continuar aprendendo. E foi com esse objetivo que ela participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre o projeto que cria o Programa de Preservação de Idiomas Indígenas Brasileiros. O texto prevê, por exemplo, o ensino dessas línguas como disciplina facultativa nas escolas. Também sugere que emissoras públicas usem esses idiomas nas regiões em que eles são falados. Agora em bom português, Rosane Mattos disse aos senadores que a iniciativa é nobre, mas quer que outras pessoas sejam ouvidas. (ROSANE ¿ 16¿) Nós precisamos de um debate maior, não somente com os representantes das nossas organizações, mas os nossos professores indígenas que estão dentro de nossas comunidades dando aulas. Precisamos ouvir as dificuldades que eles têm hoje. (REPÓRTER) A CDH vai fazer outra audiência pública, dessa vez para ouvir os professores. O autor do projeto, senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, concorda que é preciso discutir mais a proposta. Mas ele espera que algo seja feito logo porque muitos dos cerca de 180 idiomas indígenas falados no território brasileiro correm risco de extinção. (CRISTOVAM ¿ 21¿) Nós gastamos provavelmente centenas de milhões, ou bilhões, para ensinar as pessoas a falar inglês, e é muito importante - para a pessoa. Mas não é importante para a humanidade ter mais uma pessoa falando inglês, ou francês, ou português. Agora, aprender um idioma indígena, que está em fase de desaparecer, é um serviço à humanidade inteira. (REPÓRTER) Estudos indicam que apenas 15 por cento das línguas indígenas brasileiras têm mais de mil falantes. E 24 por cento têm menos de 50 falantes.