CDH discute proibição da comercialização de remédios para emagrecer — Rádio Senado

CDH discute proibição da comercialização de remédios para emagrecer

LOC: OS ANOREXÍGENOS, OU REMÉDIOS PARA EMAGRECER, DEVEM OU NÃO TER A COMERCIALIZAÇÃO PROIBIDA NO BRASIL?

 LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO OUVIU NESTA SEGUNDA-FEIRA MÉDICOS E O PRESIDENTE DA ANVISA PARA TENTAR RESPONDER A ESTA QUESTÃO. O TEMA DEVE SER RETOMADO NO DIA 31, EM NOVA AUDIÊNCIA PÚBLICA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fez em fevereiro uma consulta pública sobre a retirada do mercado de remédios para perder peso, como os que que contêm sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol. Os produtos foram defendidos pela endocrinologista Rosana Bento Radominsk, que acredita que em alguns pacientes os benefícios da perda de peso superam os efeitos colaterais dos medicamentos conhecidos como anorexígenos. (ROSANA) Não há medicamento sem efeitos adversos. Aspirina, Meformina... Cortisona, aí com alterações psiquiátricas, diabetes. Quem vai tirar Cortisona no mercado? (REP) A médica Rosana diz que infelizmente a obesidade não é vista como doença e alguns médicos ainda acham que basta força de vontade para o paciente perder peso. Mas o coordenador Executivo da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos, doutor José Ruben de Alcântara Bonfim, disse que os remédios em debate são ineficientes. (RUBEN) O cenário farmacêutico recente está repleto de cadáveres de tratamentos farmacológicos contra a obesidade que falharam... Há mais de uma década que os anorexígenos não são usados nos países desenvolvidos. (REP) O médico cardiologista Geniberto Paiva Campos declarou que os endocrinologistas é que seriam os mais indicados para avaliar a eficácia desse tipo de medicamento. Mas ele pediu cuidado antes de uma medida radical. (GENIBERTO) Cuidar para que as pessoas que precisam desse remédio não sofram consequências que podem ser desastrosas. Às vezes a gente sabe que tem procedimentos invasivos que podem trazer consequências extremamente graves. (REP) O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Brás Barbano, afirmou, entretanto, que é preciso levar em consideração estudos feitos no exterior, que levaram a uma recomendação, por exemplo, de retirada da sibutramina do mercado, prontamente aceita pelo próprio laboratório que desenvolveu o medicamento. (DIRCEU) Se o laboratório que detinha a marca desse produto no Brasil inclusive, resolver retirar o produto do mercado, como fica a imagem das agências regulatórias que não fizerem a mesma coisa? (REP) O assunto será debatido em mais uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos no último dia de maio. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado já aprovou um projeto de lei, do senador Marcelo Crivella, do PRB do Rio de Janeiro, que estabelece mecanismos rigorosos para a venda de inibidores de apetite e outros produtos à base de anfetaminas. O projeto de lei, que originalmente previa a proibição desses produtos, está aguardando votação na Comissão de Assuntos Sociais. 
02/05/2011, 01h25 - ATUALIZADO EM 02/05/2011, 01h25
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