Triplica número de pacientes com sífilis no Brasil

LOC: TRIPLICOU O NÚMERO DE PACIENTES COM SÍFILIS NO BRASIL. HÁ VINTE ANOS NÃO ERAM REGISTRADOS TANTOS CASOS DA DOENÇA. O ALERTA FOI FEITO PELO SENADOR AUGUSTO BOTELHO, QUE É MÉDICO. LOC: A SITUAÇÃO É MAIS GRAVE EM REGIÕES ISOLADAS EM QUE OS DOENTES NÃO TÊM ACESSO À SAÚDE E DEMORAM PARA FAZER OS EXAMES. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES: Um milhão de pessoas estão infectadas pela sífilis no Brasil. Os jovens são as maiores vítimas e, normalmente descobrem a doença por acaso, alertou o senador Augusto Botelho. A doença é transmitida por contato sexual, transfusão de sangue e da mãe para o feto, durante a gravidez. Segundo Augusto Botelho, a sífilis assusta por ser uma doença venérea que reúne duas características temerosas: não apresenta sintomas e é facilmente transmitida. O diagnóstico tardio é responsável pelo grande número de mortes provocadas pela doença. Augusto Botelho explicou que o simples uso de preservativo durante a relação sexual poderia mudar esse quadro. O senador, que é médico, alertou para o perigo de a sífilis virar epidemia no País. (Augusto Botelho) - A sífilis é causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria que se liga às células da pele e das mucosas, tanto na pele do pênis como na mucosa vaginal, onde ocorre mais frequentemente a introdução da doença. Portanto, é aí que a gente detecta a lesão primária da doença, o início da doença. Ela é transmitida pela relação sexual. O processo infeccioso pode durar até 10 anos, e é interrompido com apenas uma dose de antibiótico. O cenário muda na etapa avançada, quando a bactéria começa a matar os neurônios e a atacar o sistema nervoso dos pacientes. Em tal fase, o tratamento nem sempre é eficaz. Cerca de 10% dos pacientes morrem em decorrência da doença. (Patrícia) ¿ O senador, de Roraima, disse ainda que a situação é mais dramática na região Norte porque o atendimento médico nesses locais é precário e os casos da doença são descobertos tardiamente. O diagnóstico da sífilis é feito por um exame de sangue. Da rádio Senado, Patrícia Novaes.