Senadores debatem o Dia Mundial do Trabalho e a reforma trabalhista — Rádio Senado
Reforma Trabalhista

Senadores debatem o Dia Mundial do Trabalho e a reforma trabalhista

27/04/2017, 19h49 - ATUALIZADO EM 28/04/2017, 10h49
Duração de áudio: 02:15
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM PRIMEIRO DE MAIO É COMEMORADO O DIA MUNDIAL DO TRABALHO. A DATA TEM ORIGEM EM UMA GREVE GERAL NOS ESTADOS UNIDOS, EM 1886. E TAMBÉM MARCA A ASSINATURA DO DECRETO QUE APROVOU A CLT NO BRASIL. LOC: NESTE DIA DO TRABALHO, UM DOS DESAFIOS DO PAÍS É A GERAÇÃO DE EMPREGOS, JÁ QUE O DESEMPREGO ATINGE MAIS DE 14 MILHÕES DE BRASILEIROS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. TEC: Em 1886, trabalhadores americanos lutavam pela redução da jornada para oito horas diárias, dando origem à data comemorada mundialmente. Atualmente, no Brasil, este primeiro de maio também é marcado por uma série de reivindicações, principalmente em relação à Reforma Trabalhista em análise no Congresso. Além disso, os últimos dados do IBGE mostram um desemprego de 13,7% entre janeiro e março. O número equivale a 14,2 milhões de desempregados e já é a maior taxa desde o início do levantamento. O senador Paulo Bauer, do PSDB de Santa Catarina, disse que o tempo ainda é curto para analisar o resultado das ações do atual Governo em favor do trabalhador. (Bauer) “Não vamos conseguir fazer isso em uma semana, nem um mês, nem um semestre. É preciso um pouco mais de tempo. Eu diria que o trabalhador hoje pode comemorar uma coisa: já temos uma luz no fundo do túnel. Infelizmente ano passado e nestes últimos tempos, a gente nem sabia se tinha túnel.” (REP) Já o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, criticou as alterações promovidas pela Reforma Trabalhista. (Lindbergh) “O mais grave é a retirada dos direitos dos trabalhadores. Rasgaram a CLT, que foi uma conquista de 1943 do Governo Getúlio Vargas. Eles rasgaram porque agora o negociado pode ficar na frente do legislado então, em tese, tudo pode ser flexibilizado, você não é obrigado a cumprir a legislação. Então eu acho um escândalo o que está acontecendo no Brasil.” (REP) O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, acredita que este é o momento ideal para que os trabalhadores se mobilizem em defesa dos seus direitos. (Requião) “Eu acho que tem é o que protestar, dar um grito de civilidade de protesto, de vida, mostrando que nacionalidade está viva e que o povo não está nada contente com essa exploração e essa violação sistemática dos seus direitos a favor dos grandes capitais estrangeiros e dos grandes capitais nacionais.” (REP) Em primeiro de maio de 2017, a CLT completa 74 anos e, apesar de ter sofrido uma série de modificações desde 1943, continua sendo a legislação vigente para regular as relações trabalhistas. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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