Governo quer alugar base de lançamento de foguetes de Alcântara para outros países — Rádio Senado
Internacional

Governo quer alugar base de lançamento de foguetes de Alcântara para outros países

O governo federal pretende enviar em maio um projeto ao Congresso Nacional permitindo que outros países usem a base de lançamento de foguetes de Alcântara no Maranhão. Para o senador João Alberto, a atração de investimentos estrangeiros não impede o desenvolvimento do Programa Aeroespacial Brasileiro e nem ameaça a segurança nacional.

28/04/2017, 14h05 - ATUALIZADO EM 28/04/2017, 14h17
Duração de áudio: 02:11
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Transcrição
LOC: O GOVERNO FEDERAL PRETENDE ENVIAR EM MAIO UM PROJETO AO CONGRESSO PERMITINDO QUE OUTROS PAÍSES USEM A BASE DE LANÇAMENTO DE FOGUETES DE ALCÂNTARA NO MARANHÃO. LOC: PARA O SENADOR JOÃO ALBERTO, A ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NÃO IMPEDE O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA AEROESPACIAL BRASILEIRO E NEM AMEAÇA A SEGURANÇA NACIONAL. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A estimativa oficial é de que o Brasil poderia arrecadar, anualmente, até quatro bilhões e meio de reais pelo aluguel da base de Alcântara para outros países. Mas por falta de acordo, a base está parada, causando prejuízos bilionários ao país. Um dos países que tem demonstrado interesse no aluguel são os Estados Unidos, que têm o maior número de satélites e foguetes no mundo. Mas o senador João Alberto, do PMDB do Maranhão, explicou que a negociação tem sido difícil por conta das exigências dos norte-americanos (João Alberto) Tratativas com os Estados Unidos se iniciaram e não avançaram, dadas as exigências draconianas e obviamente inaceitáveis daquele País. Eles queriam, por exemplo, proibir o acesso de brasileiros ao local e ainda proibir a transferência de tecnologia para o Brasil. (Repórter) A grande vantagem da base de lançamentos no Maranhão é a proximidade com a linha do Equador, que reduz em cerca de 30% os gastos de combustível para os foguetes. João Alberto defendeu em Plenário que o Brasil encontre uma solução para o impasse. (João Alberto). Temos local favorável, temos tecnologia, temos engenheiros, temos uma Aeronáutica nacionalista e preparada para contribuir com o desenvolvimento do nosso programa aeroespacial e eventualmente ajudar no intercâmbio com outras nações. O que não podemos é desperdiçar talento e recursos financeiros e humanos (...). (Rerpórter) Em 2013, após a explosão na base de Alcântara, o governo brasileiro assinou um acordo com a Ucrânia. Ele durou 11 anos e fracassou, gerando um prejuízo de um bilhão de reais para os dois países.

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