Comissão de jurista debate investimentos no esporte brasileiro

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LOC: ENQUANTO O DINHEIRO NÃO CHEGAR NO ATLETA E NOS CLUBES E CONTINUAR CONCENTRADO EM CONFEDERAÇÕES E DIRIGENTES, O ESPORTE BRASILEIRO NÃO VAI MELHORAR O RENDIMENTO. LOC: ESTA FOI UMA DAS CONSTATAÇÕES APRESENTADAS NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE JURISTAS QUE VAI ELABORAR O ANTEPROJETO DE UMA NOVA LEI DO DESPORTO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: A comissão de juristas iniciou a última rodada de audiências antes da entrega do relatório final. Os participantes desta vez se concentraram no financiamento público do esporte. Eles enfatizaram a necessidade de mudanças na gestão e controle de dinheiro aplicado no setor. O representante do Tribunal de Contas da União explicou que os recursos públicos federais cobrem 94% do valor global investido no esporte de alto rendimento. Mas, segundo Ismar Barbosa Cruz, a baixa contribuição do setor privado, não é o único problema. (Ismar) O nível de má comprovação dos recursos públicos por entidades, confederações e comitês foi bastante preocupante, o que está ensejando uma série de medidas estruturantes e de responsabilização de gestores. (Floriano) O conselheiro Pedro Trengrouse afirmou que a qualidade dos recursos investidos no esporte é que faz a diferença. Ele lembrou que o dinheiro aplicado pelo exército em atletas para as Olimpíadas trouxe bem mais retorno do que valores muito maiores destinados, por exemplo, à Confederação Brasileira de Clubes. Para ele é necessário mudar urgentemente a fórmula atual de financiamento. (Pedro) Garantir que qualquer dinheiro que seja investido no esporte chegue realmente onde tem que chegar, que é no atleta, que é na ponta, que é na estrutura que ele precisa para se desenvolver. E não fique financiando estruturas nababescas, luxuosas, palacianas. Estruturas de poder que se consolidam e permanecem eternamente. (REP) O relator da comissão, Wladymir Camargos, anunciou que o relatório final deverá ser entregue até novembro. A atual e última rodada de audiências públicas vai até a próxima terça-feira. Da Rádio Senado, Floriano Filho